O LUGAR DA ESTRELA FLAMEJANTE
(republicação)
Em 02/09/2017 o Irmão Ordálio Frizzo, Companheiro Maçom da Loja Saldanha Marinho, 1601, REAA, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão:
Logo após minha elevação e tendo contato com os trabalhos do Grau levantei uma dúvida sobre o posicionamento da Estrela Flamejante em Loja.
No templo que utilizamos existe uma estrela no centro geométrico disposta no teto como se fosse uma luminária, porém, ao preparar o templo colocamos um painel na parede na Coluna do Norte e que é acesa logo após serem acesas as velas.
Nas Instruções desse Grau vi que a Estrela deverá ter uma ponta apontada para cima o que justificaria sua colocação na parede cumprindo assim o que indica o Procedimento Ritualístico.
Minha pergunta. Procede colocarmos o painel na parede ou apenas a estrela do teto fará esse papel? E ainda, o momento de acendermos o painel (ou o teto) deverá ser logo após acendermos as velas ou há algum outro momento correto para isso?
CONSIDERAÇÕES:
A resposta anteriormente enviada já responde propriamente a essas questões, porém nunca é demais aproveitar a oportunidade para se mencionar alguns aspectos relativos à posição da Estrela Flamejante no REAA⸫.
O Pentagrama (estrela de cinco pontas) fica situado no teto da Loja - dele pendente ou nele fixado - sobre o lugar do Segundo Vigilante. Esse local corresponde ao meridiano do Meio-Dia donde o Vigilante ao Sul observa a passagem do Sol.
Isso pode ser perfeitamente constatado na dialética ritualística pertinente à abertura dos trabalhos – essa passagem corresponde ao Sol na posição zenital ao Meio-Dia e no ocaso, emblematicamente à Meia-Noite.
Como já comentado em outra ocasião, a Estrela Flamejante é um símbolo de luz intermediária que fica situado entre o Sol (Oriente) e a Lua (Ocidente).
Como estrela hominal, ela não possui luz própria, portanto não recebe iluminação especial e nem possui representação para tal.
Do mesmo modo, o Pentagrama nada tem a ver com acendimento de velas, até porque esse acendimento de velas não possui nenhuma cerimônia especial de cunho esotérico, senão a sua relação direta que indica o lugar das Luzes (menores) da Loja e a evolução iniciática do maçom. Assim também como não existe cerimônia para acendimento do painel, ou do teto (???).
Para a Estrela Flamejante não existe momento para o seu “acendimento”, até porque essa iluminação não é prevista, pois o Pentagrama não é um elemento emissor ou receptor de Luz.
O termo “flamejante” por si só representa a alegoria do conhecimento humano em contraposição às trevas da superstição e da ignorância.
Para representa-la com o ápice para cima a Estrela não carece de colocação especial sobre a parede, pois no seu interior existe a letra G (Geometria) em posição de leitura, o que lhe dá de qualquer lugar sentido orientativo sobre qual é a sua parte superior e a sua parte inferior. O Ritual também não prevê a sua colocação sobre a parede Sul.
Simbolicamente a Estrela Flamejante representa o homem – a sua ponta para cima corresponde a cabeça, as duas pontas laterais (esquerda e direita) correspondem os membros superiores e as outras duas voltadas para baixo, os membros inferiores. Nesse sentido, o emblema estelar com um só o ápice voltado para cima concebe a naturalidade e a ordem das coisas na Natureza, já que em posição invertida, ela simboliza os aspectos da animalidade e do caos das trevas (bode). Como a Maçonaria é uma Obra de Luz, ela nunca adota a Estrela de modo invertido (de ponta cabeça).
Concluindo, não existe nenhuma luz para ser acesa que corresponda à Estrela Flamejante, assim como o seu lugar não é na parede Sul, porém no teto, sobre o ambiente reservado ao Segundo Vigilante.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br
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