(republicação)
O Respeitável Irmão Hélio Brandão Senra, Mestre Instalado da Loja Perfeita União, 005, Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, sem declarar o Oriente (cidade), Estado de Minas Gerais. hsenra@cardiol.br
Gostaria de ter um esclarecimento sobre o início do Tríplice Abraço.
1 - No Manual de Procedimentos Ritualísticos da Grande Loja do Estado do Rio de Janeiro está descrito: “passar o braço direito por cima do ombro esquerdo do Irmão e o braço esquerdo por baixo do braço direito do mesmo batendo três vezes somente com a mão direita”...; no Ritual da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais o início é com o braço esquerdo sobre o ombro direito do Irmão e o braço direito na face lateral do tórax. Qual é o correto?
2 - A origem do abraço fraternal vem dos C∴PP∴ de P∴ do Mestre Maçom? Mais especificamente do quarto ponto?
CONSIDERAÇÕES:
Os C∴PP∴PP∴ é um dos reconhecimentos mais antigos da Maçonaria a despeito de que o Grau de Mestre só viria abrolhar com o advento da Moderna Maçonaria, criado pelo Duque de Richmond na Philo Musicae et Architerure Societa Apolini em 1.724, e desconhecido na Constituição de Anderson de 1.723, só vindo aparecer por ocasião da segunda Constituição, a de 1.738.
Anteriormente ao Grau de Mestre ele era conhecido como os C∴PP∴PP∴ do Companheirismo, dado que a Antiga Maçonaria e mesmo a Especulativa (a partir de 1.600) possuía apenas dois graus – Aprendiz e Companheiro, legando-se essa forma de reconhecimento não raras vezes baseada em uma lenda Noaquita, muito parecida com a lenda que viria a posteriori – a de Hiram.
O Tríplice Abraço está diretamente ligado com esses PP∴ pois em linhas gerais eles representam Estabilidade, Equilíbrio, Amparo, Apoio e Fraternidade, virtudes representativas oriundas do momento em que a Luz revive. Daí o Apoio (quarto P∴) ser a base inicial para o Tríplice Abraço.
Partindo dessa premissa, o Apoio está correlacionado com a mão esquerda apoiada sobre o ombro direito do antagonista dessa alegoria simbólica, já que a mão direita estaria ocupada com a G∴ da Fraternidade.
Assim, por dedução lógica, o abraço tem início a partir dessa posição deslizando braço esquerdo por cima do ombro direito do oponente, enquanto que o braço direito se posiciona por baixo do braço esquerdo do mesmo oponente. Ambos manterão as mãos espalmadas nas costas um do outro.
Assim, por dedução lógica, o abraço tem início a partir dessa posição deslizando braço esquerdo por cima do ombro direito do oponente, enquanto que o braço direito se posiciona por baixo do braço esquerdo do mesmo oponente. Ambos manterão as mãos espalmadas nas costas um do outro.
Quanto à bateria executada por ocasião do Tríplice abraço, o mais comum é que a mão que bate é aquela correspondente ao braço que estiver por cima do ombro do outro. Alguns costumes pregam a bateria apenas com a mão esquerda e outros com a direita. Não existe um consenso racional para o caso, salvo aqueles oriundos do ocultismo, fato que pelo meu caráter autêntico, não entro nessa seara.
O importante mesmo é que a bateria seja dada três vezes em cada abraço no tríplice enlace, pois ela corresponde à antiga saudação (presente em uma das formas de telhamento) - “três vezes três”, cujo produto é nove. O número nove na alegoria da Lenda representa a quantidade de meses que procuram os três (inverno) que deixaram a Terra viúva da Luz – completado o ciclo, o Mestre revive (os filhos da viúva).
O importante mesmo é que a bateria seja dada três vezes em cada abraço no tríplice enlace, pois ela corresponde à antiga saudação (presente em uma das formas de telhamento) - “três vezes três”, cujo produto é nove. O número nove na alegoria da Lenda representa a quantidade de meses que procuram os três (inverno) que deixaram a Terra viúva da Luz – completado o ciclo, o Mestre revive (os filhos da viúva).
Encerrando a prosa, alerto para a vulgarização do Tríplice Abraço nos dias atuais, fato que deveria ser mais bem compreendido na sua essência e origem.
Muito mais, mas muito mais mesmo poderíamos dissertar a respeito do tema, entretanto pela sua origem lendária e o elo com o Grau de Mestre Maçom, preferimos nos calar antes que tenhamos que enfrentar os “puristas de plantão”.
Muito mais, mas muito mais mesmo poderíamos dissertar a respeito do tema, entretanto pela sua origem lendária e o elo com o Grau de Mestre Maçom, preferimos nos calar antes que tenhamos que enfrentar os “puristas de plantão”.
T.F.A. PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 408 Florianópolis (SC) 13 de outubro de 2011.
Brilhante explanação. T.F.A Ir.
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