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segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

A FRATERNIDADE ROSACRUZ (1ª PARTE)

Ir∴ Ítalo Aslan

O movimento rosacruciano surgiu no século XVI e desapareceu completamente no final do século XVIII. Muitas lendas e fantasiosas histórias envolvem com misteriosa nebulosidade os caminhos dessa fraternidade e seus supostos seguidores. Ela se conservou sempre sob o véu do anonimato, nada se conhecendo a respeito de qualquer atuação no campo da política ou do social.

Esse termo “rosacruz” designava um envolvimento profundo com o misticismo cristão, sendo os seus membros altamente espiritualizados e dedicados a pesquisas em torno da transmutação da matéria.

Através de exercícios místicos, procuravam os seus membros atuar sobre as forças latentes, desenvolvendo-as.

De sua nebulosa história só se conhece, de seus primórdios, a sua passagem pela França e pela Alemanha, sendo neste último país onde houve número maior de adeptos. Teve, no entanto, seguidores na Europa de um modo geral. A Inglaterra, a Itália e a Espanha conheceram alguns.

A Fraternidade Rosacruz começou a ser conhecida a partir da publicação, em 1614, de um pequeno livro intitulado “Fama Fraternitatis”, de autoria do alquimista alemão Valentim Andréa, no qual é narrada a lenda de Cristiano Rosenkreutz, considerado seu fundador.

Muitas lendas surgiram sobre os Rosacruzes, entre elas a de que tinham o dom das línguas, que eram invisíveis, que eram cosmopolitas e adotavam os usos e costumes dos países em que viviam, que eram mágicos, etc. Foram, no entanto, livre-pensadores e as doutrinas morais e religiosas por eles divulgadas eram o que mais os caracterizavam.

Segundo alguns autores, o objetivo dos Rosacruzes era a destruição da Igreja Católica e dos poderes constituídos, cujas condutas em nada combinavam com os seus ensinamentos.

Naquela época, os alicerces da cristandade foram duramente abalados pelas idéias inconformadas dos Rosacruzes e dos mentores da Reforma.

O movimento rosacruciano tinha como objetivo o entendimento e a divulgação do verdadeiro e puro esoterismo eminentemente cristão, menos corrompido e aviltado pelo luxo e pelos desvios morais da classe dominante da época.

O selo de Lutero era constituído de uma rosa com uma cruz no centro. Como a maior parte dos Rosacruzes era alquimista e luterana, isto denunciava o vínculo que unia esses reformadores de conduta.

Continua no próximo número...

Fonte: O Pesquisador Maçônico

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