O RITO MODERNO, intelectualmente direcionado para o verdadeiro princípio da tolerância, e em nome da total liberdade de identificar-se com as consciências de seus membros, desconsidera a afirmação DOGMÁTICA de que o recipiendário é obrigado, no dia de sua Iniciação, a afirmar solenemente a sua crença no GADU, fórmula que harmoniza o princípio da construção com o Ideal Maçônico, na Construção do Edifício da Liberdade Humana.
A Tradição Maçônica chama de “Deus” o Grande Arquiteto do Universo, mas seria isso uma Tradição a partir de 1717 ou desde mais além?
Todos sabemos que a partir da chamada Maçonaria dos Aceitos, erroneamente chamada de especulativa, uma forte influência protestante fez-se presente na sua primeira Constituição, através dos Irmãos Pastores, responsáveis por sua redação, notadamente seu compilador, ANDERSON.
Todavia, onde teria ele buscado o nome GADU?
“À espera da cidade dotada de sólidos fundamentos, da qual Deus é o Arquiteto e Construtor”
Epístola aos Hebreus, 11, 10.
“Como sábio Arquiteto, pus o alicerce”
1ª Epístola aos Coríntios, 3, 10.
Sabemos que, nos Antigos Deveres, nas raras invocações Rituais, encontraremos uma forte influência do catolicismo e, um pouco mais próximo ao novo período, o credo andersoniano. Todavia, merece nossa consideração o fato de a data da primeira condenação pontifícia ter ocorrido justamente em 1738, quando os ingleses modificam, pela primeira vez, o Livro das Constituições, tornando-o mais próximo ao Teísmo de Roma, condenação esta que não aconteceu em 1723, quando o texto original, nitidamente Deísta, foi aprovado e publicado pela Grande Loja de Londres.
Parece-nos ter sido uma preocupação constante a introdução de nomes e episódios bíblicos para a formação da nossa mitologia maçônica. Até mesmo a fórmula GADU, que nos parecia tão pessoal, foi buscada na Epístola de Paulo…
Se entendermos nossa Arte como não dogmática, somente um Maçom livre e de bons costumes poderá entender essa Liberdade como a querem os franceses, que em seu nome suprimiram das suas constituições, em 1877, a fórmula do GADU, o que provocou o rompimento com a Inglaterra e o início da sua “irregularidade” perante a Loja-Mãe da Moderna Maçonaria, oriunda da Grande Loja de Londres, de 1717, considerada “Maçonaria Regular”, ou seja, fundada por maçons autênticos, regularmente Iniciados e possuidores dos poderes necessários para fundas Lojas.
Seria isso mesmo se a afirmação acima fosse verdadeira; acontece que, segundo AMBELAIN, não é:
“En septiembre de 1714, en Londres, el Pastor presbiteriano James Anderson educa a profanos en las ideas masónicas y, a finales de ano, probablemente el dia de san Juan de Invierno, funda una logia com siete de ellos.
A hora bien, Anderson no es MAESTRO DE LOGIA. Por lo tanto, no puede transmitir la iniciación masónica. Ni siquiera es masón regular, ya que no se ha encontrado ningrín rastro de su iniciación, sino CAPELIAN de logia, cosa muy diferente. Por conseguiente, esas iniciaciones son totalmente irregulares, sin ningún valor. Y aunque hubiera sido COMPAÑERO regular (lo que no es el caso), seguiram siendo ilícitas, y ninguno de sus iniciados podria ir más lejos. Tres anos más tarde, en 1717, esos ocho masones irregulares constituirán cuatro logias, tan irregulares como la primera”
Robert Ambelain. El Secreto Masónico. Mertinez Roca. Págs. 219 e 220.
Acreditamos corajosamente que, em momento algum, nossos Irmãos franceses negaram a existência da fórmula do Grande Arquiteto do Universo. Deixaram, sim, fluir, e isto deve ser visto com o respeito devido a todo ser que se pretendia livre de dogmas, a percepção íntima e pessoal do Deus do seu próprio coração, quando e como esta realidade manifestar-se na suam mente pequenina, perto do Macro-ideal de um Universo em expansão e ainda quase totalmente desconhecido. O mais são regras pessoais, impostas e determinativas de algo que não se impõe, mas oferece-se como demonstração do mais profundo amor.
Esse amor representa a Unidade, o princípio e o fim de tudo. Ela não pretende eliminar os contrários, mas estabelecer o princípio da Ordem sobre a desordem, ao que o lema escocista tão bem se ajusta: ORDO AB CHAO.
A origem do nome “GADU” está, portanto, no princípio criador, independente da fórmula ou oposição. O GADU não exige a crença Nele; Ele simpresmente é. Uma Atualidade não pode ser uma Realidade humana. Seu nome está inscrito na Constituição da Maçonaria, o verdadeiro livro do Conhecimento Sagrado. Somente através desta Lei Sagrada, que rege o Universo, será possível ascender do inferior até o superior. Todavia, esta Constituição não foi escrita por mãos humanas. Não foi Anderson quem a elaborou e as Potências a compilaram. Não, suas páginas estão brancas como a Alma Universal. Apenas o verdadeiro Iniciado, o Mestre Exemplar, saberá gravar, no seu próprio coração, a ORIGEM DO NOME “GADU”, lendo no silêncio da PAZ PROFUNDA, as regras que lhe forem atribuídas.
Fonte: http://filhosdehiran.blogspot.com
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