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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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segunda-feira, 11 de abril de 2022

COBRIDORES E BATERIA

COBRIDORES E BATERIA
(republicação)

O Respeitável Irmão André Geraldo Barnabé, Mestre Maçom da Loja União Sertaneja nº 8, Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, Oriente de Sete Lagoas, Estado de Minas Gerais, apresenta a questão que segue:
barnabeagb@bol.com.br

É com grande prazer que venho à presença do Irmão, que é grande conhecedor de ritualística solicitando esclarecimento a respeito de uma dúvida quanto à abertura da Loja.

Quando o G⸫ do Templo recebe a ordem do 1º Vig⸫ para verificar se o Templo esta a coberto, ele se dirige à porta, abre a mesma, verifica e, se tudo estiver correto, ele fecha a mesma, e dá "a(s) batida(s)" referente ao grau em que a Loja esta trabalhando, e é respondido da mesma maneira pelo Cobridor Externo. Por que o Cobridor Externo não dá somente uma "pancada" e sim repete o número de batida(s) dada pelo Guarda do Templo?".

RESPOSTA:

Primeiramente quero considerar que as minhas explanações que seguem são de cunho tradicional da Maçonaria e particularmente ao Rito Escocês.

Costumes enxertados, ou mesmo inventados, porém previstos em qualquer ritual em vigência devem ser primeiramente cumpridos, depois discutidos.

Porque batida única, ou qualquer outra que não seja maçônica (bateria do Grau) que a Loja Simbólica esteja trabalhando não existe. Assim, baterias contrárias à tradição dos ritos são consideradas “profanas” (do latim - pro=antes; fanum=templo) que nesse caso significaria uma bateria de alguém não iniciado (adjetivo figurado - estranho ou alheio a ideias ou conhecimentos sobre determinados assuntos). Assim em uma Loja aberta, aqueles que executam a bateria na porta são maçons, por extensão, dão nela a bateria maçônica. Não confundir com a percussão única de um malhete pelos detentores do objeto que tem nessa oportunidade o objetivo de chamar a atenção. Nas outras vezes os malhetes são percutidos pela bateria do Grau.

Voltando ao assunto da porta, a única vez que nela está prevista em Loja aberta uma bateria profana, esta ocorre por ocasião da cerimônia de Iniciação, dada pelo “pobre candidato que, andando nas trevas, procura a Luz”.

Infelizmente, a Maçonaria latina adquiriu hábitos e costumes equivocados que não raras vezes aparecem nos procedimentos maçônicos. Uma delas é a famosa batida única por ocasião de pedido de ingresso de retardatários pelo Cobridor Interno. Outra ainda e não menos afamada é aquela denominada por “alarme”. Mais outra ainda é aquela dada pelo Cobridor Interno quando o Mestre de Cerimônias bate na porta para ingresso dos obreiros ao Templo para iniciar os trabalhos, etc. Tudo isso é mera invenção, até porque bateria maçônica universal é a de Aprendiz, simplesmente porque ela é igual em compasso e tempo para todos os Ritos reconhecidos, a despeito de que as baterias dos Graus, também estão previstas conforme exaram os rituais.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 744 Florianópolis (SC) – 09 de setembro de 2012.

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