CONSUETUDINÁRIO MAÇÔNICO
Sérgio Quirino
Antes de falar do tema, faz-se necessária a explicação do que significa a palavra “consuetudinário”.
Os Irmãos operadores do Direito tem familiaridade com este conceito jurídico. De forma simplificada, são normas, regras, leis fundamentadas em práticas, condutas e comportamentos de grupos sociais, que resultam em direitos que não tiveram seus trâmites legais passados por Câmaras Legislativas. Em outras palavras, o que se pratica como um hábito usual e se transforma em costume de um povo.
Há vários exemplos na sociedade: Muitos comerciantes aceitam o cheque pré-datado como uma operação de crédito, apesar de não ser regulamentada por lei. Na cidade mineira de Barbacena, existe a Praça dos Andradas. Mas, toda a população a trata como Praça dos Macacos, porque, no passado, era repleta de micos-estrela. Em tempos passados, a presença de um fio de bigode junto a um contrato era o avalista de confiança.
Mas, o que vem a ser Consuetudinário Maçônico? Simplesmente, nossos Usos e Costumes!
A própria expressão resulta de nossa origem inglesa, tendo em vista a forte influência dos costumes britânicos em doutrinas e decisões na área jurídica.
Todavia, há que se separar de um lado, os usos e costumes e, de outro, os desvirtuamentos praticados no âmbito maçônico.
A PRÁTICA DE USOS E COSTUMES NÃO PODE PRESCINDIR DOS RITUAIS!
O Maçom deve praticar o rito no qual foi iniciado. Não há um rito melhor do que outro. Mas, mesclar ritualísticas é uma forma de degradação.
Em determinado rito, há o acendimento/abafamento das velas. É bonito? Sim, mas não pode ser praticado em sessões que não trabalham com o referido rito.
As Lojas são autônomas e soberanas para decisões internas. Mas, estando sob a jurisdição de uma Potência/Obediência, não podem recorrer ao “Uso e Costume” da Oficina para não fazer a leitura de Atos, Decretos e Circulares e não se comprometer com os projetos da Instituição Mater.
Os Irmãos são Homens Livres, mas não podem invocar “Usos e Costumes” pessoais e entrar em Loja usando tênis branco com calça jeans sob o balandrau. Ele pode ser livre, mas, principalmente, deve ter bons costumes.
O VERDADEIRO CONSUETUDINÁRIO MAÇÔNICO, OU SEJA, NOSSOS USOS E COSTUMES DEVEM SER A PRÁTICA CONSTANTE E REITERADA DE AÇÕES INTEGRADORAS, QUE RESULTAM EM BENEFÍCIO COLETIVO E A CONVICÇÃO INDIVIDUAL DE QUE O COMPORTAMENTO DÉVE SER ADEQUADO AO PROPÓSITO PELO QUAL NOS REUNIMOS.
Neste décimo quarto ano de compartilhamento de instruções maçônicas, continuamos a incentivar os Irmãos ao estudo, reflexão e, principalmente, pelo momento em que vivemos a fraternidade solidária entre os Irmãos.
Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grande Primeiro Vigilante
GLMMG
Fonte: http://www.brasilmacom.com.br
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