Um Respeitável Irmão do Oriente do Distrito Federal que trabalha no REAA, GOB, coloca as seguintes questões:
PROCEDIMENTOS PARA O USO DA PALAVRA
Existe controvérsias quando um Irmão vai fazer uso da palavra, estando presente em Loja o Soberano Grão-Mestre, o Grão-Mestre Distrital ou outras autoridades.
Acredito que devemos começar a fazer a saudação pelas Luzes da Loja, e depois segue a sequência por faixa de tratamento conforme página 65 do Ritual de REAA. Entretanto, alguns Irmãos defendem que devemos começar a fala cumprimentando, primeiro, as maiores autoridades, depois as Luzes da Loja. O que estaria correto?
Três aspectos a comentar:
1. O usuário da palavra, ao se dirigir à Loja não está “saudando” os mencionados, mas protocolarmente lhes dirigindo a palavra. Para ser saudação, o protagonista então deveria saudar “pelo Sin∴Pen∴ do Grau” a cada um que ele mencionasse, entretanto isso não ocorre, pois ele compõe o Sin∴ de Ord∴ (se estiver em pé) e se dirige à Loja mencionando protocolarmente por primeiro aquele, ou aqueles de direito. Concluída a sua fala, ele desfaz o Sin∴ antes de sentar. Reitero, isso não é saudação, mas modo protocolar de se dirigir à Loja.
Cabe mencionar que saudação em Loja, conforme especifica o Ritual, somente é feita ao Venerável Mestre quando se entra e sair do Oriente, ou formalmente às Luzes da Loja quando se ingressa após o início dos trabalhos, bem como quando em retirada definitiva antes do encerramento.
Assim, saudação maçônica só se faz pelo Sin∴ Pen∴, isto é, em se estando à Ordem executa-se o Sin∴ para se saudar. Advirto: toda saudação maçônica é feita pelo Sin∴, entretanto, nem sempre fazer o Sin∴ implica em saudação. Exemplo: faz-se também o Sin∴ Pen∴ ao se desfazer definitivamente o Sin∴ de Ord∴.
Quando um obreiro pede a palavra ele dirige a mesma à Loja iniciando a sua fala como se destaca a seguir.
2. O usuário da palavra, ao se dirigir à Loja, menciona por primeiro hierarquicamente aqueles que detém a posse dos respectivos malhetes, ou seja, se dirige por primeiro ao Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes (Luzes da Loja), não importando a(s) autoridade(s) que esteja(m) presente(s), inclusive o próprio Grão-Mestre.
Após se dirigir às Luzes da Loja, ele então menciona as autoridades presentes, demais Dignidades e Irmãos.
É equivocado pensar que se deve primeiro mencionar a mais alta autoridade presente, pois se assim fosse, então se deveria dirigir primeiramente a palavra ao Pavilhão Nacional, que sempre deve estar presente nas sessões maçônicas e é indiscutivelmente a mais alta autoridade.
Outro aspecto, é o de que o Grão-Mestre, depois de receber formalmente o malhete, ele o devolve ao Venerável e ocupa uma cadeira de honra e não o trono (isso está previsto na legislação).
3. Por fim, também é improdutivo o usuário da palavra ficar mencionando uma a uma as autoridades e cargos presentes. Isso é desnecessário e deve ser evitado por não contribuir com nada.
Se preferir, o usuário da palavra, depois de ter se dirigido às Luzes, pode citar a mais alta autoridade presente como representante das demais. Nos ensina as Sete Ciências e Artes Liberais, no seu primeiro “trivium” (Gramática, Retórica e Lógica), o seguinte: “o Maçom ao falar, fala pouco e bem; deve ser suscinto, claro e objetivo”. Assim, ficar repetindo cargos e nomes é ato contraditório à aplicação da boa geometria, até porque ser prolixo nessas ocasiões, também atenta contra a paciência dos demais.
Nesse sentido, seguem alguns exemplos de como o usuário da palavra deve proceder ao se dirigir à Loja:
a) Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes, Autoridades presentes, demais Dignidades, meus Irmãos, ...
b) Luzes da Loja, Autoridades, demais Dignidades, meus Irmãos, ...
c) Luzes da Loja, Soberano (ou, Eminente) Grão-Mestre, em nome de quem me dirijo às demais Autoridades, outras Dignidades, meus Irmãos, ...
d) Luzes, Autoridades, meus Irmãos, ...
E assim por diante. Reitero, não há necessidade de depois de ter se dirigido às Luzes, nominar autoridades e cargos uma a uma, destas se for o caso, basta uma (a mais alta na ordem de precedência) para representar as demais, ou simplesmente mencionar genericamente “autoridades”.
Eram essas as Orientações
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
Secretário Geral de Orientação Ritualística – GOB
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br
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