A FRATERNIDADE NO SÉCULO 21
Ir∴ Byron J. Collier*
Como maçons, nós nos orgulhamos da antiguidade e da história da maçonaria, mas nossas cerimônias e rituais em si serão suficientes para satisfazer as gerações futuras?
O futuro exigirá uma melhor compreensão do que realmente significa ser um maçom através de um melhor conhecimento de nós mesmos e praticar os princípios que todos prometemos manter em nossos juramentos ou obrigações. Acredito ainda que o exemplo silencioso de homens com integridade, que exibem as virtudes morais e sociais dos homens bons e que fazem a coisa certa por causa da justiça, prevalecerão e preencherão as lacunas sociais criadas nesta nova era.
Para que nossa fraternidade não apenas sobreviva, mas cresça, devemos tornar o acolhimento de novos membros e a retenção dos irmãos existentes uma parte importante do que fazemos na Loja. As experiências dos primeiros meses de um Aprendiz e do Companheiro e os primeiros anos de um Mestre Maçom, determinarão como eles verão a Maçonaria pelo resto de suas vidas. É por isso que o compromisso com a orientação e a sustentação da comunhão é relevante, agora mais do que nunca. Acredito que nossas Lojas devem procurar melhores maçons e não mais maçons.
Há uma velha história sobre um homem que estava considerando oferecer-se como candidato à maçonaria. Ele selecionou uma das duas Lojas em sua área local. Depois que ele foi iniciado com maçom, um amigo perguntou por que ele tinha selecionado sua Loja em particular. Sua resposta foi que, após entrevistas com oficiais das duas Lojas, sua seleção foi fácil porque uma Loja estava muito interessada nele como candidato enquanto a outra estava interessada nele como um irmão. Qual você acha que ele escolheu?
Embora tornemos nossas reuniões mais interessantes por eventos sociais e educação maçônica, a força motriz que traz maçons a se unirem é a nossa irmandade quando nos encontramos, seja em reuniões na Loja ou por encontros casuais na rua. Não leva muito tempo para um novo maçom perceber que ele pode formar novas amizades para o resto de sua vida. No entanto, um dos principais perigos vem quando a “novidade” da experiência maçônica começa a desgastar. Quando o comparecimento de um homem se torna irregular ou ele para de ir à Loja, sugere-se que:
1) suas prioridades mudaram,
2) ele está sobrecarregado com deveres da Loja
3) algo mudou em sua vida.
A fim de descobrir o que mudou para o irmão, devemos estar dispostos e capazes de se engajar em diálogo aberto e franco.
Para chegar ao ponto de conversa honesta e aberta com nossos irmãos maçônicos, devemos estar mais próximos. Temos que fazer um esforço concentrado para obter os pontos de vista e sentimentos de todos os membros, não apenas de alguns. Portanto, se a formalidade de uma reunião da Loja, impede a entrada de alguns membros, devemos reconhecer isso e solicitar suas opiniões em reuniões menos formais ou em discussões. É importante que cada Irmão sinta que ele não foi deixado de fora, que a Loja acolhe seus pontos de vista, e que ele “teve sua palavra”.
Uma das armadilhas mais comuns que devemos ter cuidado para evitar, é apenas associar-se com os maçons que tem a mesma opinião que nós, pois podemos criar o que parece ser “panelinhas”. Eu digo mesma opinião porque às vezes não passamos tempo suficiente para entender completamente todos os nossos irmãos. Eles podem ser da mesma opinião, mais do que nós percebemos!
Finalmente e mais importante ainda, devemos praticar a compreensão e a tolerância. Compreensão para se sentir livre para discutir questões delicadas, questões humanas que são importantes para fazer e manter bons relacionamentos. Porque somos todos diferentes, cada um de nós vem de diferentes origens e cada um de nós pensa e age de forma diferente, portanto, devemos nos conhecer um ao outro o suficiente para que possamos conversar em um nível que promova a amizade e, ao mesmo tempo, evitar a discórdia. Devemos também assumir uma atitude que é completamente tolerante com as opiniões e idéias de nossos irmãos. Podemos sentir que sua idéia ou ponto de vista está errado, mas devemos reconhecer que eles têm suas próprias razões para suas expressões, e não é nossa sorte julgá-los por isso. Como pessoas, tudo que nós dizemos e fazemos, são coisas que mais tarde gostaríamos que pudéssemos ter de volta. Bem, nós podemos abertamente sermos honestos com nós mesmos e tentar corrigir os e rapidamente e facilmente perdoar essas transgressões por outros. Eu ouso dizer que todos nós conhecemos irmãos da maçonaria que, por uma razão ou outra, estão em algum nível de disputa emocional com outros maçons. Essas disputas são realmente importantes no grande esquema das coisas? Eu realmente acredito que uma boa discussão honesta faria com que a maioria das disputas não existisse. Cada um de nós deve aprender a buscar e aceitar admoestações e sussurros de bons conselhos de outros, e pelo menos ter alguma concordância, “concordando em discordar”.
Peço-lhe que considere e pratique essa compreensão, tolerância e expresse um interesse genuíno no seu companheiro maçom, o homem que você chama de Irmão.
*Texto do irmão Byron J. Collier, traduzido por Luciano R. Rodrigues.
Fonte: http://www.oprumodehiram.com.br
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