AS LOJAS UNIVERSITÁRIAS E A MODERNIZAÇÃO DA MAÇONARIA
A criação e desenvolvimento de Lojas Universitárias é algo ainda pouco estudado na literatura maçônica. Por este aspecto ainda existem muitas dúvidas sobre o funcionamento e a finalidade desse tipo de Loja. O presente artigo tem por objetivo classificar e analisar o panorama das Lojas Universitárias no Brasil e a sua contribuição para a modernização da Maçonaria na primeira década do Século XXI. O estudo foi amparado por uma pesquisa de cunho histórico e bibliográfico, além da experiência recente do autor na qualidade de fundador da Loja Maçônica “Universitária-Verdade e Evolução” nº. 3492 em Brasília – DF
Introdução
As Lojas Maçônicas Universitárias e Acadêmicas fazem parte de um intenso programa de modernização da Ordem e de rejuvenescimento de seus quadros e funcionam em todo o Brasil, independentemente de Obediência Maçônica.
Identificado como uma antiga aspiração de maçons brasileiros, esse movimento foi iniciado na segunda metade da década de 90, ganhou força e vigor a partir do ano de 2000 e, num emaranhado de crenças e preconceitos, as Lojas Universitárias conquistaram legitimidade no meio maçônico brasileiro.
O objetivo deste trabalho é analisar em perspectiva histórica a evolução das Lojas Universitárias e Acadêmicas no Brasil, verificando as suas principais características e o cumprimento do seu papel como promotora da modernização da Maçonaria no Brasil. As Lojas Acadêmicas e as Lojas Universitárias propriamente ditas são muito semelhantes umas das outras. Verificamos que a única diferença está no título distintivo que adotam, não existindo diferença consistente entre Maçonaria Acadêmica e Maçonaria Universitária.
O trabalho justifica-se pelo fato de haver uma grande lacuna no debate acerca do papel das Lojas Universitárias na Maçonaria moderna. Ademais, após a etapa de levantamento bibliográfico, verificamos uma grande escassez de literatura, razão pela qual entendemos ser importante o desenvolvimento deste trabalho.
Para construção deste trabalho a pesquisa teve como premissa o método hipotético dedutivo, com dados coletados por observação participativa. Isso foi possível a partir da experiência maçônica do autor, na qual conta em seu currículo o fato de ter sido um dos fundadores da Loja Maçônica “Universitária – Verdade e Evolução” nº. 3.492 do Grande Oriente do Brasil – GOB, situada na cidade de Brasília – DF, da qual foi o primeiro Venerável Mestre eleito, exercendo o cargo por dois mandatos consecutivos: 2003/2005 – 2005/2007.
Da observação do autor construiu-se um arcabouço conceitual de referência a fim de abordar a questão central deste trabalho: “Qual o papel da Loja Maçônica Universitária na Modernização da Maçonaria no Brasil?”. Assim, utilizamos um conjunto de artigos e livros sobre a história da Maçonaria no contexto das Lojas específicas que compõem a Maçonaria Universitária. Também foi elaborado um conjunto de indicadores estatísticos amparados nas informações coletadas pela Secretaria Geral da Guarda dos Selos do Grande Oriente do Brasil (GOB) e do Grande Oriente do Distrito Federal (GODF).
O presente trabalho possui sete capítulos. No primeiro capítulo – a presente introdução – são apresentados os objetivos, justificativa, metodologia e divisão dos capítulos. No segundo capítulo são apresentadas características das Lojas Maçônicas Acadêmicas; no capítulo de número três apresentamos uma evolução histórica das Lojas Universitárias na Europa e nos Estados Unidos, onde se encontra de forma mais representativa; no quarto capítulo apresentamos a situação histórica das Lojas Universitárias no Brasil. No capítulo de número cinco analisamos a constituição das Lojas Universitárias no Distrito Federal e apresentamos as perspectivas futuras a partir do estabelecimento de marcos legais para a constituição de Lojas Acadêmicas. No capítulo de número seis, são apresentadas as conclusões. E o capítulo final expõe as referências bibliográficas.
A Loja Maçônica universitária: semelhanças e diferenças perante as Lojas tradicionais
A priori, devemos estabelecer um rigor conceitual acerca do conceito de Maçonaria Universitária. Na verdade, não existe uma Maçonaria “diferente” da tradicionalmente conhecida. O que existe são Lojas Maçônicas chamadas de Acadêmicas e Universitárias.
No contexto nacional, as leis que as regem são as mesmas que regem qualquer outra Loja Maçônica, o que não poderia ser diferente. Ressaltando que o propósito era agregar numa mesma Loja, Irmãos com características comuns.
Não obstante, devemos também ressaltar que o movimento de criação de Lojas Universitárias encontrava também conexão com a conjuntura nacional da segunda metade dos anos noventa. Neste período, podemos identificar um crescimento do ensino superior no país. Na verdade, a expansão das Instituições de Ensino Superior -IES foi um dos primeiros sintomas do processo de crescimento da economia advindos do Plano Real, a partir de 1994. Segundo dados do MEC/INEP, o número de IES cresceu em 82% no período 1997/2002, sendo que grande parte da oferta se apresentou através de IES privadas. (INEP, 2008)
No mesmo período, a reboque do aumento do número de IES, observamos o aumento do número de matrículas na educação superior. Os dados do MEC/INEP comprovam que o acesso ao ensino superior aumentou em 54% nas IES públicas e 135% nas IES privadas. Estes números por si só já atestam o crescimento de um grande contingente de jovens universitários e potenciais candidatos a frequentarem as Lojas Universitárias.
Assim, estaríamos reforçando a que, talvez, seja a única diferença entre as Lojas Acadêmicas e Universitárias e as Lojas tradicionais. Essas agremiações privilegiam a iniciação de universitários, de professores e demais candidatos ligados à área acadêmica. Sobre o processo de seleção de maçons, destacamos o que aponta o sitio eletrônico da Loja Maçônica “Fraternidade Acadêmica Ciência e Artes” N° 3685, que estabelece:
O objetivo dessas Lojas [Universitárias e Acadêmicas] é o de iniciar em seus quadros jovens universitários que possam, com sua força e vigor, além de aprender os postulados da Maçonaria, pô-los em prática com maior empenho e o mais cedo possível, unindo disposição, determinação e atributos dos jovens. Quando se aprende mais cedo, coloca -se em prática mais cedo esse aprendizado[1] (grifo nosso).
O sitio eletrônico da Loja ainda complementa que:
Não dispensamos com isso a iniciação de homens mais maduros, mas sabemos conscientemente, que é mais difícil tornar a teoria uma prática com o passar do tempo. Quanto aos mais jovens e elucidados, intelectualmente falando, fica muito mais fácil este processo de assimilar determinada filosofia e por em prática esses ensinamentos[2] (grifo nosso).
Fica evidente para a referida Loja que o maçom universitário trará benefícios à mesma e à doutrina maçônica, reunindo condições de buscar um conhecimento metodologicamente mais aprofundado e com a vertente científica necessária para a consolidação do ensino maçônico.
Ademais, as Lojas Acadêmicas/Universitárias buscam a adequação das atividades em Loja com a vida acadêmica do iniciado. Dessa forma, buscam reunir-se em condições de hora, local e frequência que possibilitem a conciliação das atividades da Ordem Maçônicas com as de estudante ou professor.
Também por esse motivo, não raro ocorre a iniciação de jovens a partir dos 18 anos, idade onde normalmente se iniciam os estudos universitários. Nas demais Lojas, a iniciação normalmente ocorre apenas após os 21 anos, em razão da possibilidade de ingresso nas instituições paramaçônicas (Ação Paramaçônica Juvenil – APJ e Ordem DeMolay), que são mais apropriadas para um candidato nessa idade.
Segundo Maia (2004) os principais argumentos para a difusão das Lojas Universitárias são:
- a necessidade de se reduzir a faixa etária média dos maçons;
- a implantação e a instituição da Ação Paramaçônica Juvenil e da Ordem DeMolay criaram ambientes favoráveis à Maçonaria por parte dos jovens, com um excedente de candidatos oriundos dessas entidades, que atendem os moços até os 21 anos;
- de outra parte, também, o fenômeno da informatização, na última década, que aguçou a curiosidade principalmente dos jovens sobre a Maçonaria, especialmente dos acadêmicos;
- a abertura gradual que vem sendo feita pela Maçonaria, principalmente pela Maçonaria Inglesa, considerada como aquela que deu origem a todas as Obediências regulares de todo o mundo e que abre seus Templos à sociedade com eventos culturais e a divulgação de campanhas de toda sorte.[3]
Somando-se a estes argumentos e analisando a minha a experiência como Venerável Mestre da Loja Maçônica “Universitária – Verdade e Evolução” n° 3.492, na cidade de Brasília, pude observar que os jovens maçons apresentam-se comprometidos e motivados, ao passo que o maçom da Loja poderá participar da administração da Oficina e assumir cargos, inclusive o de Venerável, com uma idade inferior a 30 anos, o que prepara o maçom para maiores desafios.
O Tempo de Estudos – uma das atividades comuns a uma Sessão Maçônica – é sempre pautado por temas maçônicos que são cotidianos à vida universitária, motivando o maçom a estudar e se preparar cada vez mais para sua trajetória dentro da Maçonaria. A idade que para alguns maçons é vista como empecilho para crescimento do maçom é atualmente vista por mim, nestes mais de oito anos em Loja Universitária, como um ponto importante e motivador para a busca dos conhecimentos e, sobretudo, para o preenchimento de várias lacunas sobre aspectos simbólicos, filosóficos e históricos que envolvem a Maçonaria.
Sendo uma Loja Maçônica igual à outra qualquer, os Irmãos podem ser convidados para a fundação de uma Loja desse tipo, mesmo se ligados à área acadêmica ou não. Da mesma forma, os candidatos não terão que ser única e exclusivamente oriundos de Instituições de Ensino Superior para compor os seus quadros.
As Lojas Universitárias: origens e evolução no contexto maçônico
Ao contrário do que imagina o senso comum, as Lojas Universitárias não são novas e nem uma invenção do Grande Oriente do Brasil – GOB. Elas há muito existem em outros países como Inglaterra, Escócia, Irlanda, Estados Unidos, Canadá e Austrália.
A primeira Loja Universitária devidamente constituída foi a University Lodge nº. 74, da Grande Loja de Londres, fundada no dia 14 de dezembro de 1730 por iniciativa dos maçons da Loja “Urso do Arado” nº. 63, que se reunia na taberna de mesmo nome. Dessa Loja Universitária participou, além de estudantes da Universidade de Oxford e Cambridge, um dos baluartes da Moderna Maçonaria, o Sr. Jean Théophile Désaguliers, considerado o Pai da Maçonaria Especulativa Moderna. (CARVALHO, 2004; HODGKINS, NADEAU, 2010).
A Westminster and Keystone Lodge n°. 10 é considerada a segunda do gênero. A Loja foi fundada em 1722 e se tornou Universitária em 1855. A partir de 1873, assim como a University Lodge nº. 74, ela também passou a reunir os estudantes de Cambridge e Oxford. (idem).
A Associação da Maçonaria Universitária com duas das mais renomadas universidades Britânicas, quiçá mundiais, também fez com que ingressassem em seus quadros maçons ilustres. Neste período, ingressou nas colunas do templo Oscar Wilde, um dos maiores escritores do século XIX. Wilde ingressou na Loja Universitária Apollo a 23 de fevereiro de 1875 e sendo ele menor de idade. Neste caso iniciaram-no com licença especial. (ibidem).
Com o crescimento das Lojas Universitárias na Inglaterra foram criadas Lojas especificas para a Universidade de Oxford, Loja Apollo, e Cambridge, Loja Isaac Newton, que também apresentavam licença, automaticamente renovada a cada ano, para iniciar candidatos abaixo de 21 anos, aproveitando o ingresso dos candidatos na Universidade.
Segundo Carvalho (2004:8):
“A Loja Universitária Apollo era então, como é ainda hoje, uma loja prestigiosa na Maçonaria inglesa. A Loja original Alfred na Universidade de Oxford #455, fundada em 1769, abateu colunas em 1783. Acordou em maio de 1818 e em dezembro constitui-se como Loja Apollo #711. Um ano depois a palavra Universitária agregou-se ao seu título. A Loja Universitária Apollo, agora com o número 357, continuou a praticar seu ritual numa maneira tradicional e dentro de seu estilo histórico”.
Carvalho (2004) complementa que: “Os ocupantes de cargos usam calças mais curtas à altura do joelho, fraques, gravata-borboleta branca, meias de seda e sapatos rasos e leves, como o fazem há mais de dois séculos”. (Idem).
Um traje, como se verá, que deve ter causado uma forte impressão em Wilde pelo seu senso estético e refinamento. Tanto assim que usava o traje em solenidades públicas e não maçônicas. Em 9 de janeiro de 1882, uma semana depois de sua chegada aos EUA para sua série de palestras e conferências, Wilde, já no palco, pela primeira vez, no famoso Chickering Hall na 5ª Avenida com a Rua 18, usava o seu traje maçônico da Loja Apollo.
Todos, absolutamente todos, aguardavam ansiosos o discurso inteligente do dândi inglês, já que a capacidade do teatro de 1247 lugares, completamente lotado, rivalizava com os lugares em pé, inteiramente apinhados. O coronel W. F. Morse, o empresário do tour de conferências, introduziu Wilde que caminhou lentamente em direção ao pódio usando o traje conspícuo de sua Loja Universitária: calças pelo joelho, meias de seda e sapatos baixos e rasos com fivelas brilhantes.
Oscar Wilde com a vestimenta da Loja Apollo |
A audiência, atônita, não sabia como reagir. “Alguns dos presentes pensavam que esse traje era uma vestimenta da corte inglesa e ninguém sabia que a última vez que Wilde usara esse traje fora na reunião da Loja Apollo, em Oxford.” (ibidem, p.9)
Nos Estados Unidos, as Lojas Universitárias mais famosas são as Lojas “Harvard”, vinculada a Universidade homônima, e a Loja da Universidade de Boston. Segundo dados do sitio eletrônico da Loja da Universidade de Harvard, esta foi criada em 18 de março de 1922 e considerada a primeira Loja Maçônica Universitária dos Estados Unidos e teve como um dos seus fundadores o ex-presidente norte americano Theodore Roosevelt[4]. A Loja surgiu de uma associação de maçons que eram então alunos de Harvard, e decidiram então fazer uma Loja com o propósito específico universitário. Algumas outras Lojas ligadas a universidades funcionam no próprio campus e outras são independentes. Existem aquelas que só admitem alunos ou ex-alunos de uma determinada universidade e outras que são abertas, admitindo estudantes e não estudantes, muitas vezes professores. Uma Loja como a Harvard University tem aproximadamente 200 membros.
Outra característica é que algumas dessas Oficinas têm apenas seis sessões ordinárias ao longo do ano, exatamente para não comprometer as atividades dos alunos nos seus estudos. No entanto, as Lojas buscam aliar qualidade em detrimento da quantidade, ou seja, há uma profunda discussão a fim de elevar o nível do debate filosófico do maçom participante de Loja Universitária. Segundo ARLS Fraternidade Acadêmica Ciências e Artes[5]:
Para retirar o máximo possível desses candidatos, logo que iniciados, é necessário experimentá-los com muita informação a fim de que saciem sua curiosidade natural, e ao mesmo tempo saibam desde logo quais são os ideais maçônicos, sem poupá-los da verdadeira função da Ordem e da realidade de nossos quadros. Não adianta querer passar a ideia de que somos uma associação de moços bondosos ou caridosos. Somos uma escola, com bons e maus alunos, que busca, em seus símbolos, nos ensinar a melhorar, a evoluir, a construir um caráter exemplar. Para atingir esses resultados práticos, é necessário dar-lhes boa quantidade de trabalho, tanto intelectual quanto prático, fazendo-os experimentar desde cedo a responsabilidade com o compromisso. Comprometimento é a palavra que simboliza o combustível que necessitamos para nos motivar sempre. Tolerância e persistência complementam as virtudes necessárias ao sucesso de todo maçom nessa senda de estudos e práticas que elevam a sociedade, desde que sejamos bons exemplos para ela.
Por isso, algumas Lojas brasileiras preferem iniciar os estudantes já nos primeiros anos do curso e com pouca idade para que sejam Mestres Maçons quando se formarem.
As Lojas Universitárias no Brasil
Conforme apresentamos na seção anterior, a Maçonaria Universitária já possui uma posição consolidada no velho continente e nos EUA. No Brasil, embora a Maçonaria estivesse constituída já no século XVIII, o marco inicial da fundação da primeira Loja Universitária ocorreu somente em meados da década de setenta do século XX.
O grande mentor e maior incentivador da “Maçonaria Universitária” em solo brasileiro foi, sem sombra de dúvida, o então, Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil – São Paulo, Irmão Rubens Barbosa de Mattos, que definiu como sendo as Oficinas Universitárias a “Redenção da Maçonaria Nacional”. (GALDEANO, 2007a).
Em 20 de agosto de 1975 foi fundada a primeira Loja Universitária no Brasil sob o título de Loja Universitária nº. 1928, em Bragança Paulista – SP, federada ao Grande Oriente do Brasil. A criação da primeira Loja não impulsionou um aumento de Lojas Universitárias, embora São Paulo tenha tido desde o início do século XX um grande destaque nacional no tocante à quantidade e à qualidade de seus Institutos de Ensino Superior.
No espaço de aproximadamente vinte anos a Maçonaria Universitária se resumiu a duas Lojas. A segunda Loja foi a Fraternidade Acadêmica Piratininga nº. 2862, na cidade de São Paulo, fundada a 20 de abril de 1995, também federada ao GOB. A Fraternidade Acadêmica Piratininga[6] é patrocinada pela histórica Loja Piratininga “A Fidelíssima” nº. 0140, fundada a 28 de agosto de 1850. (idem)
A partir de então o Grande Oriente do Brasil inicia uma campanha em prol da fundação de Lojas Acadêmicas. Em 2005 a iniciativa obteve como principais frutos a existência de 55 Lojas ligadas à área acadêmica, sendo 37 Lojas denominadas Fraternidades Acadêmicas e 18 Lojas Universitárias[7].
Percebemos então um cenário completamente diferenciado no tocante à Maçonaria Universitária. Se no espaço de 20 anos (1975-1995) foram criadas duas Lojas; nos 10 anos seguintes (1995-2005) foram fundadas 55 Lojas. Fica claro o esforço do Ir. Barbosa de Mattos e do GOB em prol desse tipo de Oficina.
Como complemento dos dados da década, no período 2005-2010, segundo os dados da Grande-Secretaria Geral da Guarda dos Selos do Grande Oriente do Brasil – GOB, foram fundadas mais 19 Lojas, perfazendo um total de 76 lojas do tipo Universitárias e Acadêmicas no período de 1975 a 2010.
Ainda segundo a mesma fonte – Grande Secretaria Geral da Guarda dos Selos do GOB – no ano de 2007 existiam 76 Lojas Maçônicas Acadêmicas e Universitárias federadas ao Poder Central, assim distribuídas: uma no Acre; uma no Maranhão; duas no Distrito Federal; duas em Goiás; duas em Pernambuco; duas no Rio de Janeiro; duas em Rondônia; duas no Rio Grande do Norte; uma em Tocantins; uma no Mato Grosso do Sul; três no Espírito Santo; três no Paraná; cinco em Santa Catarina, dezenove em Minas Gerais; e trinta no estado de São Paulo.
Das Lojas do tipo Fraternidades Acadêmicas, vinte e duas trabalhavam no Rito Escocês Antigo e Aceito, seis no Rito Francês ou Moderno, quatro no Rito Adonhiramita, quatro no Brasileiro e uma no Ritual de Emulação. Já nas lojas do tipo Universitárias: oito trabalhavam no Rito Francês ou Moderno, sete no Rito Adonhiramita, dezoito no Rito Escocês Antigo e Aceito e seis no Rito Brasileiro. Mais uma vez, convém ressaltar que não existe um rito melhor que o outro e percebe-se que o Rito Escocês Antigo e Aceito é um dos ritos mais utilizados em Lojas Universitárias. Essa correlação deve-se por este ser o mais difundido no Brasil e algumas Lojas funcionarem em Templos Maçônicos que também funcionam com este Rito. (GALDEANO, 2007a).
Sabemos que a pluralidade de Ritos é uma das maiores riquezas do Grande Oriente do Brasil, como já dizia Álvaro Palmeira[8]:
De fato, é um laurel da Maçonaria Brasileira a Pluralidade de Ritos, porque o exercício de Ritos Regulares faz com que a nossa Obediência abrigue, generosamente, as várias correntes Filosóficas e Doutrinárias do Mundo Maçônico, desde o Agnosticismo até o Teísmo. Seria um atentado à História e à Justiça se, em obediência a imposições ilegítimas e alienígenas, criássemos agora obstáculos aos Ritos.
Entretanto concordamos com o Irmão Varella quando ele se refere ao Rito mais apropriado para uma Loja composta por jovens Maçons:
A vantagem do Rito Moderno para Lojas Universitárias está nas características do Rito que são mais adequadas aos jovens: simplicidade, liberdade de expressão, ausência de conteúdo religioso, racionalidade, preservação das ideias iluministas e incentivos à participação na melhoria da sociedade. Trata-se de um Rito que privilegia a razão em detrimento de concepções místicas, de difícil aceitação pela comunidade acadêmica, altamente influenciada pelas ciências.
Ademais, é no Rito Francês ou Moderno que oficialmente trabalham, ou deveriam funcionar, os Grandes Corpos do Grande Oriente do Brasil, se for respeitar a legislação, a história e a tradição. O GOB, desde 1822, ano de sua fundação, se estruturou no Rito Moderno (CASTELLANI,1993) e, por dever de justiça, pensamos que deveria ter um maior número de Lojas federadas trabalhando no referido Rito.
Considerando os sete Ritos reconhecidos e praticados pelo Grande Oriente do Brasil, ainda não existe nenhuma Oficina, de origem Acadêmica ou Universitária, trabalhando no Rito Alemão ou Schroeder e nem no Rito Escocês Retificado.
O panorama das Lojas Universitárias no Distrito Federal e o atual cenário
Aqui, na jurisdição do Grande Oriente do Distrito Federal, não se pode falar em Loja Universitária sem mencionar o nome do Eminente Irmão João Correia Silva Filho, Grão-Mestre de Honra da nossa Obediência Distrital.
O Eminente Irmão João Correia se tornou o grande responsável pela fundação da ARLS “Universitária-Verdade e Evolução” nº. 3492, do Rito Moderno, primeira Oficina Universitária da Capital da República, fundada a 22 de março de 2003. Disse ele, no primeiro Aniversário de Fundação da Loja:
Conversando com o Irmão Rubens Barbosa de Mattos, Grão-Mestre Honorário do Grande Oriente de São Paulo, hoje falecido, dizia-me ele com entusiasmo, cheio de vaidade, sobre o que chamou na ocasião de “Redenção da Maçonaria Nacional”[…]”. (GALDEANO, 2007a)
O Irmão João Correia complementa que, segundo palavras do Irmão Barbosa de Mattos que a Loja Piratininga, na qual deu a titulação de Fraternidade Acadêmica, havia incorporado a ideia e concitou-me a aderir a ela. Segundo João Correia:
Saí daquela Suprema Congregação com o espírito impregnado com a ideia, mas uma coisa me chamava à atenção: o título “Fraternidade Acadêmica” e não “Augusta e Respeitável Loja Simbólica Universitária (…)
Aquilo me perturbava, ainda hoje perturba, pois afronta a Constituição, que não contempla as “Fraternidades Acadêmicas”. Outra coisa me incomodava. Senti, naquela ocasião, que havia no GOBSP, certa rejeição à ideia, razão pela qual o Irmão Rubens procurava me influenciar para implantá-la no Distrito Federal. Hoje, tenho a certeza de que não estava totalmente errado no meu julgamento. O Irmão Rubens implantou a Fraternidade Acadêmica Piratininga, que serviu de modelo as que lhes seguiram, mas com muita luta e muita oposição. Quem sabe se as “Fraternidades Acadêmicas” ou “Lojas Universitárias” tivessem início por Brasília, às dificuldades para implantá-las nos Estados fossem menores?(…) (idem)
Certamente uma das maiores dificuldades se referia ao aspecto financeiro. Havia, no Grande Oriente do Distrito Federal – GODF, a Lei que isentava os universitários das taxas, mas a referida Lei não era abrangente. O candidato deveria ser filho de Maçom ou Lowton, ter frequentado por pelo menos três anos Instituições Paramaçônicas (APJ, DeMolay, etc.) e outros requisitos que ficava muito difícil a tal isenção.
A verdade é que o Grande Oriente do Brasil, não abria mão das taxas devidas ao Poder Central. Os Grandes Orientes Estaduais, salvo algumas raríssimas exceções, também não. Alguns poucos Grão-Mestres Estaduais, sensibilizados pela causa Universitária, procuravam contemplar os jovens iniciados, mas era a vontade deles e não uma legislação que os amparava. Mudando o Grão-Mestre, mudar-se-ia a sensibilidade também.
Por várias vezes, algumas Lojas, através de seus Deputados Federais ou Estaduais, chegaram a enviar Projetos de Lei para as nossas Assembleias Legislativas Maçônicas (Estaduais, Distrital ou Federal) tentando criar uma legislação que contemplasse os jovens aptos a ingressar na Ordem. Com relação a isso ouvíamos muita discussão sem fundamento, até o cúmulo de dizerem que uma Legislação que isentasse os universitários das taxas iria onerar os cofres da Instituição. Essa questão rendeu acalorados debates nas nossas Casas de Leis, porém os projetos visando esses benefícios eram sempre relegados a um segundo plano.
O importante é que um número cada vez mais crescente de Irmãos fundamentava e demonstrava repetidamente que esse era o caminho para a renovação dos nossos quadros. Era o futuro da nossa Instituição. Com isso, posteriormente, a causa universitária da Maçonaria colheu os seus frutos com a promulgação da nova constituição do Grande Oriente do Brasil, sendo contemplada com a isenção das taxas devidas às Obediências. Uma medida justa, até porque um jovem estudante que se encontra fora do processo produtivo, à procura do conhecimento e da verdade em tempo integral, em geral não tem rendimentos.
Analisado os dados disponíveis à época e feito uma pesquisa informal com os Veneráveis Mestres, segundo o Irmão João Correia conclui-se que era inviável a fundação, em 1995, de uma Loja Universitária, contudo, dentro de 08 a 10 anos, teria o Distrito Federal Maçônico condição de ter uma única Loja voltada para o meio acadêmico, quer docente ou discente. (ibidem)
Investido de suas elevadas prerrogativas de Grão-Mestre do GODF (1995/2003), ele começou a preparar o caminho e, para tanto, tratou de incentivar e criar uma visão positiva dos jovens para com a Maçonaria, trazendo-os para junto da Ordem, tendo como base os filhos de Maçons. (idem)
Outra iniciativa importante para a fundação da “Loja Universitária” no Distrito Federal foi a edição da Lei nº. 05, de 13 de novembro de 1997, que isentava do pagamento de qualquer taxa, contribuição ou rateio devida ao GODF, até os 24 anos de idade civil, o filho ou Lowton, e os parentes de maçons até o terceiro grau consanguíneo, que fossem propostos antes de completarem 22 anos de idade civil, sendo-lhes exigido que os beneficiários estivessem filiados a, pelo menos, três anos, na Ação Paramaçônica Juvenil – APJ ou na Ordem DeMolay, e que estivessem regulares e efetivamente cursando o ensino superior. Esta lei se destinava a qualquer Loja da jurisdição, sendo o seu primeiro beneficiário o Irmão Jefferson Ferreira de Lima, da Loja “Solidariedade de Ceilândia”.
Durante os 06 anos (1996 a 2002) que antecederam a fundação daquela que seria a primeira Loja Universitária do Distrito Federal, o discurso do GODF se pautou no crescimento quantitativo e qualitativo dos quadros das Lojas, fazendo frente a uma cultura existente e resistente àquela proposta, por uma grande maioria dos Irmãos que tinham em mente a fixação de que o que vale é a qualidade e que a quantidade impede a qualidade. Este fato da falta da aceitação da política de crescimento dos quadros das Lojas levou o Grande Oriente do Distrito Federal ao envelhecimento, fato que já vinha ocorrendo em todo o GOB, chegando a uma média etária de 60 anos de idade.
Segundo levantamento feito pela Grande Secretaria Geral da Guarda dos Selos do Grande Oriente do Brasil, no período de 2000 a 2010, foi constatado que a faixa etária de Maçons do GOB girava em torno de 52 anos de idade, faixa essa reduzida em comparação com estatísticas de períodos anteriores graças às Lojas Maçônicas Universitárias.
Todos os passos traçados anteriormente pelo então Grão-Mestre João Correia, só tinham um desiderato: preparar terreno para que a Loja Universitária se tornasse uma Oficina voltada para a busca, na sociedade juvenil e universitária, de cidadãos de elevado potencial político, que, forjados pela doutrina maçônica, enquanto ainda detentores de idealismo puro e de sonhos, pudessem, no futuro, influir no destino da Maçonaria e da Pátria. Em suma, buscar futuros dirigentes para a Nação Brasileira em geral e para a Ordem Maçônica em particular.
As críticas locais a uma Loja Universitária foram surgindo. Desde o elitismo de contar apenas com membros com formação em andamento ou completa em nível superior, até mesmo a possível falta de maturidade dos jovens para governar uma Loja. As previsões eram catastróficas.
A fundação de uma Loja Universitária na Capital Federal foi discutida e maturada amplamente, em um longo e demorado processo. A Loja “Universitária-Verdade e Evolução” nº. 3492, adotando o Rito Moderno e fundada a 22 de março de 2003, se tornou uma grande realidade e serviu de exemplo a toda Maçonaria Brasileira.
Em 31 de Março de 2007 foi fundada a segunda Loja Universitária jurisdicionada ao GODF, com o Título Distintivo de ARLS “Universitária Ordem, Luz e Amor” nº3848, trabalhando no Rito Escocês Antigo e Aceito.
Com o advento da nova Constituição do Grande Oriente do Brasil, que entrou em vigor no dia 25 de junho de 2007, data da sua publicação, foram designadas comissões de maçons para elaborarem o novo Regimento Geral da Federação e os respectivos anteprojetos do Código Disciplinar Maçônico, do Código Processual Maçônico e do Código Eleitoral Maçônico. O Artigo 27 do RGF definiu a idade para ingresso na Ordem Maçônica em 18 anos, definiu também, visando à admissão e após a sua implementação, que estarão isentos do pagamento de taxas e emolumentos estabelecidos pelo Grande Oriente do Brasil, pelos Grandes Orientes Estaduais e do Distrito Federal e pelas Lojas:
Os Lowtons, os DeMolays, e os Apejotistas com dezoito anos, no mínimo, até completarem vinte e cinco anos de idade;
OS ESTUDANTES DE CURSO SUPERIOR DE GRADUAÇÃO com, no mínimo, dezoito anos de idade e, no máximo vinte e cinco anos, ou até a conclusão do curso superior, que comprovadamente não dispuserem de recursos próprios para sua subsistência (grifo nosso).
Diante desse grande estímulo, não é necessário ser um bom observador para estar certo de que, com o benefício legalmente criado, com a isenção das taxas, ficou menos árdua as futuras fundações de Lojas Universitárias e o posterior recrutamento de candidatos ligados à área acadêmica.
Estabelecido este parâmetro financeiro, é necessário que a campanha para a criação de Lojas Universitárias seja encampada pelos próprios jovens maçons, com o apoio do GOB e do GODF, a fim de que exista uma difusão cada vez maior deste tipo de Loja Simbólica.
Conclusão
A Maçonaria brasileira, atualmente, é a terceira maior do mundo, em números absolutos (LIST…, 2013). No entanto, temos plena consciência de que os esforços para atingir o ponto de mutação em que a quantidade se transformará em qualidade ainda carecem de esforços institucionais como, por exemplo, a criação de lojas universitárias.
A Maçonaria brasileira, em geral, está imersa num imenso país em crise espiritual, moral e cultural. A resultante da crise provavelmente não será a negação das ciências e das liberdades humanas mais fundamentais; não será uma volta ao passado preconceituoso, supersticioso e retrógrado; mas sim a busca de uma nova moralidade, que incorpore as raízes profundas da verdadeira tradição, compatibilizando-a com a liberdade e a ciência. E, neste momento, cremos profundamente que a Maçonaria Universitária terá um papel educacional a desempenhar.
O desafio é grande, mas temos esperança que a Maçonaria Brasileira saberá adquirir a sua plenitude cultural e ética neste terceiro milênio, para um resoluto posicionamento que melhor atenda aos interesses nacionais.
O futuro da Maçonaria em geral e da “Maçonaria Universitária”, em particular, está em conseguir chegar até a juventude e oferecer a ela uma doutrina calcada em ideais progressistas e solidários, construindo o futuro com base nos alicerces de nossa tradição, e expondo um ideal maçônico contemporâneo, de acordo com a realidade atual e futura do povo brasileiro.
Lembrando sempre que somos no presente os portadores do ideal maçônico, e legar aos nossos sucessores uma Maçonaria cada vez mais organizada é nosso mais sublime dever. Neste contexto, só dependerá de nosso trabalho e habilidade para que transformemos os anseios da comunidade em fulgurante realidade, modernizando a Ordem, sem prejuízo das tradições herdadas de nossos antecessores.
Autor: Lucas Francisco Galdeano
Fonte: Revista Ciência e Maçonaria
Notas
[1] – C.f. http://www.facienciaeartes.com.br/universitaria.htm ; acesso em 12/02/2012.
[2] – Op cit.
[3] – C.f. http://www.samauma.biz/site/portal/conteudo/opiniao/lu004lojasuniversitarias.htm acesso em 29/02/2012.
[4] – C.f. dados constantes em: http://www.harvardlodge.org/index.htm acesso em 04/10/2012.
[5] – C.f. site A.R.L.S. Fraternidade Acadêmica Ciência e Artes N°. 3685. http://www.facienciaeartes.com.br/universitaria.htm. Acesso em 15/03/2012.
[6] – Idealizada pelo então Grande Secretário Adjunto de Relações Exteriores do GOB, o Eminente Irmão Rubens Barbosa de Mattos (*1937 +2003), Grão-Mestre Honorário do Grande Oriente de São Paulo, que exerceu o cargo de Grão-Mestre Estadual no período de 21/06/1991 a 20/06/1995. Esta Loja é considerada, no meio maçônico brasileiro, a primeira Loja genuinamente Universitária.
[7] – C.f. Guarda dos Selos do Grande Oriente do Brasil (2009).
[8] – Álvaro Palmeira foi Grão-Mestre Geral do G.O.B. de 1963 a 1968.
Referências Bibliográficas
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Fonte: opontodentrodocirculo@gmail.com
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