(republicação)
O Respeitável Irmão Thiers Antônio Penalva, Loja Deus e Liberdade, 62, COMAB, Oriente de Montes Claros, Estado de Minas Gerais, apresenta a seguinte questão: (t.penalva@uol.com.br)
Volto a pedir socorro mais uma vez. Fui convidado para uma Sessão Pública e o Venerável pede na correspondência para irmos de paramentos dos altos graus para que a cerimônia fique mais bonita e colorida! O tema da palestra era importantíssimo, mas achei muito "pavonismo" na convocação. Evidente que não compareci. O que o Irmão acha dessas exibições?
CONSIDERAÇÕES:
De forma legal é necessário observar o que é permitido nesse caso em conformidade com o Regulamento, Constituição e, ou Ritual da Obediência. Digamos que assim legalmente seja permitido, o que há de se fazer? Cumprir o que está escrito.
Por outro lado o Obreiro que não quiser expor essas “qualidades”, humildemente comparecerá a cerimônia usando apenas os paramentos do simbolismo.
Dadas essas ponderações o que segue estaria de acordo com os usos e costumes da Maçonaria.
De maneira tradicional sessões do Simbolismo maçônico comportam apenas e tão somente costumes hauridos da tradição maçônica – três graus.
Em se tratando do Rito Escocês Antigo e Aceito o costume equivocado de se usar paramentos de graus ditos superiores no simbolismo, provavelmente apareceu com a criação das hoje extintas Lojas Capitulares no primeiro quartel do Século XIX na França.
Após o retorno às origens (cada macaco no seu galho), o simbolismo ficou desligado dos “altos graus”, entretanto muitos costumes, dentre os quais o de se apresentar em Loja simbólica com paramentos que não lhe dizem respeito, ainda é imprecisamente revivido.
Nunca é demais lembrar que aqui no Brasil por um bom tempo no passado, o Soberano Grande Comendador era também o Grão-Mestre da Maçonaria Brasileira. Embora tal fato nos dias atuais não esteja mais previsto, algumas tentativas de “inserções” por parte de alguns Irmãos dos Supremos Conselhos não raras vezes aparecem.
Legalmente, e até por uma questão de reconhecimento, o Simbolismo tem sua administração (Grande Oriente e Grande Loja) completamente distinta dos Supremos Conselhos – pelo menos isso acontece no GOB.
Do meu ponto de vista particular, penso que simbolismo é simbolismo e altos graus são altos graus. Em Lojas simbólicas dever-se-ia se apresentar o Maçom apenas e tão somente com paramentos que são previstos no Franco Maçônico Básico de direito, simplesmente porque os três primeiros Graus são universais, enquanto que “graus superiores” são características próprias de Ritos, fato que não os faz um melhor do que o outro devido a sua quantidade de graus.
A diferença está mesmo no Homem e não da parafernália paramentativa.
Assim também penso que a Sublime Instituição é, dentre outras, uma escola de humildade, muito embora me pareça que para alguns ela sirva como uma passarela de vaidades.
O mais interessante, sendo inclusive um caso para reflexão, é que ninguém colará um grau além do de Mestre, em não sendo ele um Mestre. Assim, só para lembrar - embora a lição esteja explícita - algo me parece contraditório, pois “vaidades de vaidades, disse o pregador; tudo é vaidade”.
Finalizando, essa estória de “mais bonito” em Maçonaria tem dado muito que falar. Como se isso não bastasse ainda querem acrescentar o adjetivo “colorido”. Ora, isso me parece estar mais de acordo com um carro alegórico de uma escola de samba do que com uma sessão maçônica.
E.T. – Nada tenho contra os paramentos da escola de Perfeição, Capítulo, Kadosh ou Consistório (inclusive delas faço parte como obreiro). Nesse colégio, os paramentos correspondentes são perfeitamente apropriados, todavia em minha modesta opinião eles não se coadunam como paramentos que devam ser usados Simbolismo.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
CONSIDERAÇÕES:
De forma legal é necessário observar o que é permitido nesse caso em conformidade com o Regulamento, Constituição e, ou Ritual da Obediência. Digamos que assim legalmente seja permitido, o que há de se fazer? Cumprir o que está escrito.
Por outro lado o Obreiro que não quiser expor essas “qualidades”, humildemente comparecerá a cerimônia usando apenas os paramentos do simbolismo.
Dadas essas ponderações o que segue estaria de acordo com os usos e costumes da Maçonaria.
De maneira tradicional sessões do Simbolismo maçônico comportam apenas e tão somente costumes hauridos da tradição maçônica – três graus.
Em se tratando do Rito Escocês Antigo e Aceito o costume equivocado de se usar paramentos de graus ditos superiores no simbolismo, provavelmente apareceu com a criação das hoje extintas Lojas Capitulares no primeiro quartel do Século XIX na França.
Após o retorno às origens (cada macaco no seu galho), o simbolismo ficou desligado dos “altos graus”, entretanto muitos costumes, dentre os quais o de se apresentar em Loja simbólica com paramentos que não lhe dizem respeito, ainda é imprecisamente revivido.
Nunca é demais lembrar que aqui no Brasil por um bom tempo no passado, o Soberano Grande Comendador era também o Grão-Mestre da Maçonaria Brasileira. Embora tal fato nos dias atuais não esteja mais previsto, algumas tentativas de “inserções” por parte de alguns Irmãos dos Supremos Conselhos não raras vezes aparecem.
Legalmente, e até por uma questão de reconhecimento, o Simbolismo tem sua administração (Grande Oriente e Grande Loja) completamente distinta dos Supremos Conselhos – pelo menos isso acontece no GOB.
Do meu ponto de vista particular, penso que simbolismo é simbolismo e altos graus são altos graus. Em Lojas simbólicas dever-se-ia se apresentar o Maçom apenas e tão somente com paramentos que são previstos no Franco Maçônico Básico de direito, simplesmente porque os três primeiros Graus são universais, enquanto que “graus superiores” são características próprias de Ritos, fato que não os faz um melhor do que o outro devido a sua quantidade de graus.
A diferença está mesmo no Homem e não da parafernália paramentativa.
Assim também penso que a Sublime Instituição é, dentre outras, uma escola de humildade, muito embora me pareça que para alguns ela sirva como uma passarela de vaidades.
O mais interessante, sendo inclusive um caso para reflexão, é que ninguém colará um grau além do de Mestre, em não sendo ele um Mestre. Assim, só para lembrar - embora a lição esteja explícita - algo me parece contraditório, pois “vaidades de vaidades, disse o pregador; tudo é vaidade”.
Finalizando, essa estória de “mais bonito” em Maçonaria tem dado muito que falar. Como se isso não bastasse ainda querem acrescentar o adjetivo “colorido”. Ora, isso me parece estar mais de acordo com um carro alegórico de uma escola de samba do que com uma sessão maçônica.
E.T. – Nada tenho contra os paramentos da escola de Perfeição, Capítulo, Kadosh ou Consistório (inclusive delas faço parte como obreiro). Nesse colégio, os paramentos correspondentes são perfeitamente apropriados, todavia em minha modesta opinião eles não se coadunam como paramentos que devam ser usados Simbolismo.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 578, Florianópolis (SC) 28 de Março de 2012.
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