Em 21/06/2022 o Respeitável Irmão que se identifica apenas como Samuel, Loja Tabernáculo, 3418, sem mencionar o nome do Rito e Oriente, GOB-SP, Estado de São Paulo, apresenta o que segue:
SAÍDA TEMPORÁRIA
Quando alguém precisa sair do Templo temporariamente e depois voltar, sob autorização do Venerável Mestre, na sessão que dispuser de Cobridor Externo, este deve sair junto e aguardar o obreiro voltar para bater ritualisticamente pedindo ingresso, ou não é obrigatório o Cobridor sair do seu lugar de assento?
CONSIDERAÇÕES:
Obviamente que os rituais maçônicos não tem como contemplar todas as situações que possam eventualmente ocorrer durante os trabalhos de uma Loja.
O que de fato é preciso, é ter discernimento e bom senso para resolver situações extra ritual que ocasionalmente possam ocorrer durante os trabalhos.
No tocante a sua questão e o Cobridor Externo, embora se saiba perfeitamente que é muito raro as Lojas preencherem esse cargo, no meu entender – é só uma opinião – conforme a situação, nada impede que ele, o Cobridor Externo, se coloque novamente no Átrio enquanto aguarda o retorno de um retirante temporário, em que pese o Mestre de Cerimônias também ser acionado para conduzir o retirante até o átrio, e depois conduzi-lo novamente ao seu lugar no interior do recinto.
Destaco que também participa dessa inoportuna saída e retorno, o Cobridor Interno, já que também cabe a ele abrir e fechar a porta do templo.
Alerto para que antes de qualquer autorização nesse sentido, o Venerável Mestre bem avalie cada situação, ou seja, tenha certeza da real necessidade dessa saída do templo, pois indiscutivelmente ações extemporâneas causam atrapalho para a ordem litúrgica dos trabalhos, acrescentam tempo desnecessário, e ainda mobilizam outros Irmãos em cumprimento às formalidades ritualísticas muitas vezes desnecessárias e circunstanciais.
Ainda, à margem desses procedimentos, também os demais Irmãos ficam improdutivamente aguardando o tempo passar. Com isso, pelo adiantado da hora, novamente o período de instrução é irremediavelmente sacrificado.
Gostaria ainda de aproveitar essa oportunidade para registrar o caráter contraditório que tem o cargo de um oficial cujo dever de oficio é guardar o Templo “externamente” contra os cowans enquanto a Loja estiver aberta. Trata-se do Cobridor Externo – isso se ele estiver presente, é claro – que mesmo tendo seu ofício de obrigação “fora do templo”, passa a maior parte do tempo no interior dele, onde, a propósito, para guardar a porta internamente já existe um Cobridor, o Interno – resultado: dois Cobridores pelo lado de dentro sendo que apenas um trabalha.
De fato, essas são as coisas do faz-de-conta, comuns na Maçonaria latina.
Finalizando, sempre que possível e pelo bem do andamento dos trabalhos, que essas saídas temporárias sejam de fato raríssimas, quase que inexistentes.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
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