IRMÃOS DIFÍCEIS
Muitos se decidem pela Maçonaria e o fazem, nem sempre, por motivos os mais válidos. Portanto, não podemos reclamar prodígios, mas esperamos que cada um, pelo menos, se dedique a ela com simplicidade e absoluta Lealdade.
Se entre os profanos é condenável, entre os maçons é execrável manejar créditos morais de que desfruta, para auferir vantagens. É abominável não cooperar e criticar sistematicamente quem trabalha, como também o é descuidar-se do autodomínio e jamais se entender com aqueles cujas opiniões divergem das suas.
Pior ainda é condenar os outros que não lhe seguem os princípios, acreditar-se isento de erros e usar de outros Irmãos para, escusamente, alcançar seus objetivos.
Há Irmãos que tentam se projetar através da quantidade de problemas que criam e das discórdias que estimulam. Às vezes até conseguem aparecer, mas a queda é fatal e certa.
Outros não procuram conciliação, reconsiderando atitudes, exclusivamente por questão de prestígio pessoal, desrespeitando os interesses da Ordem, ferindo a disciplina e a hierarquia.
Há Irmãos difíceis, muito difíceis. Talvez sejamos um dentre os muitos.
De qualquer forma o importante é buscarmos, quanto mais cedo, a nossa reforma íntima, decidindo pela permanência na Instituição ou então a saída imediata.
Ao invés de disputarmos primazia, procuremos com toda a veemência as oportunidades de ação que nos propiciem o prazer e a satisfação de construir melhores tempos.
Toda tarefa, mesmo simples e humilde, é importante. Assim, recordemos os Irmãos difíceis, não para odiá-los ou imaginarmos a "forra", mas sim para envolvê-los de vibrações salutares, mensagens de simpatia e auxiliá-los no seu crescimento interior.
Lembremo-nos que somos também menos simpáticos para todos aqueles que nos provocam reações de oposição. Se há quem nos contrarie, instintivamente, sem perceber, contrariamos também a muitos Irmãos. Aos nossos olhos, aqueles que não se afinam conosco evidenciam erros, mas os erros que carregamos se destacam aos olhos deles.
Perdão e paciência, tolerância e amparo fraterno são os recursos indicados.
Os focos de antipatia extinguimos com o antiséptico do entendimento, da paz e do amor.
Estes tipos de aversões são crueldades mentais do passado que recrudescem. Toda crueldade mental é doença, pelo menos do espírito.
Toda doença pede cura. Na verdade não há Irmãos difíceis. Eles são todos nós.
Armando Righetto
Passos/MG
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