TROCO NO TRONCO
(republicação)
Questão que faz em 01.04.2014 o Respeitável Irmão Nilson Rodrigues Barbosa, Loja Evolução Segunda nº 0852, REAA, GOB-RN, Oriente de Natal, Estado do Rio Grande do Norte. barbosanilson@oab-rn.org.br
Em nosso Oriente é comum alguns Irmãos quando da circulação do tronco de beneficência, solicitarem ao Irmão Hospitaleiro, troco do valor que estão depositando. Quando Venerável, recomendei que tal atitude não se processasse em nossa Loja, já que tenho posição firmada de que tal procedimento não pode ocorrer. No momento estou fazendo um estudo no sentido consolidar meu pensamento sobre o assunto. Razões pelas quais, tomo a liberdade de consultar o Poderoso Irmão de seu posicionamento sobre o tema e se o Irmão tem algum material que possa me ajudar nesta pesquisa.
Considerações:Pedir o troco para o Hospitaleiro após o depósito no tronco é alguma coisa além do ilegal. Maçonicamente é atitude desprovida de ética e fere os princípios maçônicos de que ninguém deve saber quem deu; quanto, ou se nada pode dar - daí o costume de se depositar com a mão direita fechada e retira-la aberta.
O próprio Oficial circulante toma a atitude de virar o rosto para representar simbolicamente que não pode ver ou saber o quanto fora depositado. Agora imagine se dentro desses princípios alguém poderia pedir o troco? Ora isso é um verdadeiro absurdo amparado pela ilegalidade e não uma atitude de costume seja lá onde for.
Assim meu Irmão, material sobre o assunto não existe, senão o costume e a tradição do Rito que possui circulação do Tronco para beneficência, de sempre ensinar que o ato deve ser executado de tal maneira a não se saber quem deu mais, ou quem deu menos, e mesmo aquele que pelas circunstâncias, nada pode dar (evitar o constrangimento).
Ainda mais, é obrigatória a conferência do produto arrecadado na própria Sessão em nome da lisura dos trabalhos. Fico imaginando então durante a conferência do montante auferido, e Tesoureiro informando ao Venerável que tem que retirar o “troco”, ora veja só, pasme “o troco” de tantos reais para ser devolvido ao Irmão Fulano de Tal que depositou tantas medalhas cunhadas.
Assim, quebrando toda a tradição, a Loja ficaria sabendo o quanto alguém deu e ainda por cima o quanto receberá de troco – isso é mesmo o final da picada! E o Hospitaleiro então! Teria que conferir individualmente as coletas para conferir o “troco” para os óbolos recolhidos. É melhor mesmo eu parar por aqui. Meu Deus! Ainda morro e não vejo tudo!
T.F.A.
PEDRO JUK – jukirm@hotmail
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.443 Belo Horizonte (MG) – terça-feira, 29 de julho de 2014.
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