MESTRES... DE QUE?
Bartolomeu Martins dos Santos
“Os lábios da sabedoria estão fechados, exceto dos ouvidos do Entendimento”. É certo que por vezes discípulos/aprendizes por não terem o discernimento de certas práticas e atitudes, obterem como respostas o silêncio de seus Mestres e neste caso, somente seus ouvidos deveriam captar e decantar a mensagem, como se numa análise.
Os iniciados, neófitos, aprendizes, quando então, tateiam no escuro em busca sedenta do conhecimento. Quando sem orientação, aventuram-se sem regras à procura de informações. E começam exalar conceitos, opiniões por não vê-las a eles direcionadas e, ai então, Mestres ferem-se em seus orgulhos hierárquicos. Somente isso... vaidade. Os fundamentos que por eles deveriam ter sido proferidos saem da boca de um Aprendiz. Ouvem-se vozes: “..estão com os pés adiante das mãos”; “carro está na frente dos bois”. Axiomas! Ora IIrm∴ MMestr∴, tolher a vontade de aprender ou uma pequena demonstração de interesse, é ferir o direito de LIBERDADE. Liberdade para buscar, entender e proferir. Aos IIrm∴ MMestr∴ cabem sim, nortearem, ensinarem dentro do processo iniciático e darem vazão à fonte sedenta, no momento apropriado. Mas rotular um aprendiz, exemplificando através de citações ditas “sábias”, como se combatendo, não é atitude implícita no Mestrado. O Mestre deve reconhecer o potencial de cada discípulo e estimulá-los segundo o estabelecido em cada grau. Não cabem “pitacos” a estes que querem ascender, por outros que sequer tentam buscar. Preferir que os outros permaneçam na sua ignorância é tentar subverter os princípios da própria Ordem.
Disciplinar é mostrar a profunda consciência dos atos, do conhecimento, do exalado, do dito, do proferido. O trabalho do mestrado é formar homens de livres pensamentos, de livres arbítrios. É formar homens que não tenham sob o julgo de outrem sua LIBERDADE DE PENSAR. É sabido também que a assimilação do conhecimento só é cabida ao que os olhos vêem; ao que alcança o entendimento de cada indivíduo no nosso universo de informação. Devem os MMestr∴ estarem atentos e usarem os “ouvidos do entendimento...”.
Os MMestr∴ devem incentivar quem assim se posicionar e dirigi-los para os degraus. Devem observar as manifestações destes pensamentos, como filhos que aprendem a falar, corrigi-los, ensiná-los o correto e Ter o prazer de ver a ascensão de um ser, mas nunca, jamais de impedi-lo de crescer.
MMestr∴, e isto percebe-se quando humildes; quando entendedores dos seus objetivos; quando mestres de seus orgulhos; quando mestres de seus apegos a hipocrisia das distinções de qualquer nível. Serão Mestres de SI MESMO quando aperceberem-se errados e certos. Serão Mestres, quando a clarividência de vossas consciências se manifestarem. Não serão Mestres por somente ascenderem ao grau 3. Não devem exigir respeito por apenas esta condição. Não por serem hierarquicamente superiores... Os Mestres devem mostrar sua superioridade pelo efetivo domínio de seu asco, do seu pronto-orgulho. IIrm.’. MMestr.’. não existe mais tempo para o “eu acho...”, “no meu tempo” e, outros colóquios que não se justificam mais na pedagogia. A Arte Real só será mantida se bem transmitida e ministrada com a pureza ritualística, como requerem os procedimentos iniciáticos. A essência de toda SIMBÓLICA deve se manter. Esta é a grande responsabilidade. Ser mestre é literalmente, professar ensinamentos e isto pressupõe responsabilidade, respeito e comprometimento. Vestir o hábito não quer dizer ser monge.
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