PAINEL DA LOJA - APRENDIZ
(republicação)
Questão (apresentada em 06/03/2014) que faz o Irmão Aprendiz Wilber Gouvea, Loja Lealdade e Luz, 2.294, GOB-RJ, REAA, Oriente de Rio Claro, Estado do Rio de Janeiro. wilgouvea@hotmail.com
Preciso desenvolver um trabalho sobre o Painel do Grau de Aprendiz Maçom para minha elevação. Em contato com a revista Trolha passaram o seu contato. Tenho algumas dúvidas referente à origem do Painel REAA do GOB. Pela pesquisa que realizei já descobri que foi o pintor John Harris em 1845 a pedido da Grande Loja que criou uns dos primeiros painéis para as Loja Emulação de Aperfeiçoamento da Inglaterra e que foi adotado por alguns Ritos. Dúvida o nosso rito REAA – GOB é francês, o nosso painel saiu também deste mesmo modelo desenvolvido pelo pintor John Harris? Olha este texto que encontrei na Internet: “Mas como esses Painéis do Ritual de Emulação foram parar dentro dos Rituais do REAA? Quando da fundação das Grandes Lojas brasileiras, Mário Béhring, à frente do Supremo Conselho do Grau 33 do REAA, necessitava fornecer os Rituais dos Graus Simbólicos para que as recém-criadas Grandes Lojas pudessem trabalhar. Os conhecimentos do Irmão Mário Béhring não se restringiam ao REAA, tendo sido também um grande conhecedor do Rito de York, Rito Moderno e do Ritual de Emulação. Como uma forma de aproximar as Grandes Lojas brasileiras da Grande Loja Unida da Inglaterra e das Grandes Lojas Americanas, Mário Béhring incluiu diversas características do Ritual de Emulação e do Rito de York aos seus rituais do REAA. Alguns dos “empréstimos” do Ritual de Emulação foram as Colunetas e o Jogo de Painéis. O mais interessante é que o GOB sofreu essa influência e também passou a adotar os Painéis do Emulação nas Lojas do REAA, corrigindo isso depois de mais de 50 anos, com o resgate do painel antigo. Também por conta disso, alguns Grandes Orientes da COMAB também utilizam os Painéis do Emulação no REAA”. Posso utilizar está informação? Caso tenha algum material que possa enviar pra mim fico agradecido.
RESPOSTA: Em relação aos Painéis da Loja ou as Tábuas de Delinear ingleses, eu já havia lhe indicado um livro de minha autoria – Exegese Simbólica para o Aprendiz, Tomo I – cujo conteúdo aborda a história e diferenças entre os sistemas maçônicos nesse mote.
No tocante aos Painéis e a Maçonaria brasileira, infelizmente existe nela uma grande confusão por mistura de Painéis de sistemas diferenciados e inclusive de ritos maçônicos. Ainda existe a cultura da não compreensão do conteúdo do Painel, servindo este no entendimento de uma grande maioria como um simples elemento decorativo e que serve como referência para circulação em torno dele.
Obviamente que a simbologia contida no Painel, ou Tábua de Delinear é a condensação da Loja e a sua respectiva senda iniciática de acordo com o grau simbólico. Cada grau possui apenas um único Painel, todavia algumas Obediências brasileiras enxertam Painéis de outros ritos em um específico, quando não adotam até dois e, para justificar o equívoco o chamam de Painel Alegórico.
Se faz mister em Maçonaria compreender as suas duas vertentes principais (a inglesa e a francesa) para que não haja mistifório também entre esses importantes elementos simbólicos.
No embalo da miscelânea é que encontramos uma mistura inglês-francesa na prática do simbolismo, sobretudo no REAA, aqui no Brasil – vide as colunetas, altar no centro do ocidente, painel simbólico e alegórico, pálio, e outras cerimônias.
Verdadeiramente o Rito Escocês usa os Painéis de origem francesa, já o Rito Moderno, ou Frances, teve o seu painel baseado na Tábua de Delinear dos “modernos” ingleses de 1.717.
T.F.A.
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.388 Florianópolis (SC) – quinta-feira, 26 de junho de 2014
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