Existem aqueles que entram para a Maçonaria e existem aqueles em quem a Maçonaria entrou.
Quem de nós ainda não ouviu frase semelhante?
Se de um lado a afirmação traz uma carga de pretensão julgadora de parte de quem a expressa, por outro lado traz a marca que encerra, talvez, toda a filosofia maçônica.
Basta ler atentamente o ritual da iniciação para constatar que somente assumimos obrigações para com a humanidade. Aliás, um dos fins da ordem estampados na sua constituição é tornar feliz a humanidade.
Quando nascemos, de regra somos levados à pia batismal e a partir daí passamos a pertencer a uma determina religião, a qual, por sua vez, também traz consigo ensinamentos preciosos e também tendentes a tornar feliz a humanidade.
O ato de nosso batismo, por óbvio, não conta com a expressão da nossa vontade. Assim, podemos dizer que o nosso compromisso para com a religião a que pertencemos é um contrato de adesão. Se seguimos os ensinamentos que nos são passados, o fazemos por mera liberalidade.
Com a maçonaria é diferente.
Na iniciação, por diversas vezes somos advertidos dos graves compromissos que estamos assumindo. Então, não podemos invocar o desconhecimento dos princípios maçônicos para nos esquivar da carga que nos comprometemos carregar.
Mas, o caminho a ser trilhado na maçonaria é o do constante aperfeiçoamento – moral e espiritual. É o caminho da evolução.
Este não é imposto a ninguém. O maçom é convidado a participar de uma corporação que se propõe tornar feliz a humanidade pelo aperfeiçoamento moral e espiritual de seus membros.
Segue-se que é pelo exemplo e sempre pelo exemplo que o maçom deve ser conhecido.
Mas, se o objetivo final é tornar feliz a humanidade, o exemplo a ser dado não será em loja, mas na vida profana.
Assim sendo, se de um lado existem irmãos que trilham o caminho do aperfeiçoamento, certamente estarão refletindo junto à sociedade, por suas atitudes, a prática da virtude. Nestes, a maçonaria entrou.
Por outro lado, há aqueles que preferem continuar sendo “pedras brutas”, mesmo sendo assíduos das reuniões semanais. Se assim agem, mesmo tendo o prévio conhecimento de que o vício é o oposto da virtude, estão assumindo compromissos para consigo próprios, por conta e risco, em face do LIVRE ARBÍTRIO de que são dotados.
Mas creio firmemente que não é lícito condená-los, uma vez que ao lado do LIVRE ARBÍTRIO, que é o alicerce da liberdade, há a TOLERÂNCIA, que se apresenta como alicerce da fraternidade.
Contudo, podemos afirmar que estes apenas ENTRARAM PARA A MAÇONARIA.
(Desconheço o autor)
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