(republicação)
O Respeitável Irmão Aécio Speck Neves, Loja Nereu Ramos, 2.744, REAA, GOB-SC, Oriente de Florianópolis apresenta a questão seguinte: aeciospeckneves@hotmail.com
Peço-lhe a fineza de comentar a seguinte questão, via JN News: Ouvi dizer ou li (não me lembro) que não se lacra o Tronco de Beneficência no REAA. É fato? Por que, em algumas ocasiões, o Tronco é lacrado "em honra aos Irmãos visitantes", como já ouvi um Venerável Mestre dizer, quando em visita a outra oficina (também aqui a memória não ajuda: não lembro o Rito).
CONSIDERAÇÕES:
O costume de “lacrar o tronco” é um procedimento altamente equivocado, inclusive não está previsto nos rituais em vigência, no caso do GOB.
Para a lisura da Sessão, o produto deve ser conferido e anunciado na presença de todos, e também para que possa o Secretário anotar o resultado na ata (balaústre).
Esse procedimento nada mais é do que uma mera filigrana sob a justificativa de respeito ou homenagem aos Irmãos visitantes. Ora que respeito e homenagem seriam essa que procura esconder o produto apurado. Penso que homenagem só se for ao pão-durismo de alguns Irmãos.
Na verdade esse esdrúxulo procedimento teve origem provável nas reuniões com a presença de não maçons. As Sessões Públicas chulamente conhecidas com Sessões Brancas, título que só dá margem aos inimigos da Maçonaria a apregoar que se existem Sessões Brancas, deverá também existir uma Sessão Negra.
Assim corre a deturpação dos nossos costumes ao gosto dos nossos inimigos com a colaboração direta de Irmãos que apregoam esse mistifório.
Acontece que nessas sessões públicas, geralmente os convidados profanos se retiram antes do encerramento dos trabalhos e aguardam, normalmente na Sala dos Passos Perdidos a finalização maçônica dos trabalhos.
Nesse particular, corre o Tronco de Solidariedade entre os Irmãos dentro da Loja (os convidados não participam desse procedimento exclusivamente maçônico).
Assim, por estarem os convidados aguardando o desfecho para as despedidas pessoais ou mesmo para um repasto, o Venerável costuma dizer, nessa ocasião, que em respeito aos “nossos visitantes que nos aguardam, solicito que o tronco fique lacrado para conferência na próxima Sessão”.
Então assim surgiu esse costume que deve fazer sentido apenas nessas Sessões com a presença de profanos e não nas Sessões ordinárias normais.
De toda essa filigrana, alguns Irmãos ao longo dos tempos se esqueceram de que não é “homenagem”, porém “respeito” à espera de visitantes não maçons aguardando fora do recinto da sala da Loja.
Dado a isso o enxerto não demoraria ser peça de um equívoco de que os visitantes são profanos e não visitantes maçons.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – nr. 0940, Florianópolis (SC) – domingo de Páscoa, 31 de março de 2013
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