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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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segunda-feira, 3 de junho de 2019

VERIFICAÇÃO NO ORIENTE

VERIFICAÇÃO NO ORIENTE
(republicação)

Em 12.09.2014 o Respeitável Irmão Morel Marques Andrade, Loja Luz e Liberdade, 1.191, REAA, GOB, Oriente de Morrinhos, Estado de Goiás, apresenta as seguintes questões:
leromma@yahoo.com.br

Verificação: 

Na verificação se todos os presentes são Maçons, os Irmãos do Oriente viram também de costas? Qual é a simbologia desse ato? 

Considerações:

Esse é um procedimento completamente equivocado que ainda persiste em alguns Rituais. À bem da verdade o Oriente da Loja é local privativo de Mestres (ponto final da escalada iniciática). Os que ali ocupam lugar são de responsabilidade do Venerável (eu respondo pelos do Oriente). 

Nesse sentido ali não existe Telhamento, sendo que essa prática fica plausível apenas no Ocidente. Assim não existe razão alguma para que os ocupantes do Oriente se voltem na oportunidade mencionada de costas para o Ocidente.

A explicação desse costume anacrônico que às vezes ainda costuma aparecer, mas que ninguém racionalmente sabe explicar advém da época em que no Rito Escocês Antigo e Aceito recebera o seu primeiro ritual simbólico - na França nos idos anos de 1.804.

Antes de surgirem as Lojas Capitulares, esse primeiro ritual simbólico seguia o modelo das Lojas Azuis norte-americanas de raiz anglo-saxônicas. Naquela época, atendendo a tradição dos Antigos de 1.751 (Inglaterra) o ritual não dividia o Oriente do Ocidente, não existindo, portanto balaustrada e desnível para o quadrante oriental. O Oriente era então apenas a parede oriental e aqueles que ocupassem lugar imediatamente à sua frente.

Elevado por três degraus era apenas a base para o Altar e o trono ocupado pelo Venerável – todo o restante do piso da Sala da Loja era no mesmo nível. Sendo assim, nessa disposição primitiva do Templo, quando houvesse a respectiva averiguação (telhamento) por ocasião da abertura dos trabalhos, todos, indiscriminadamente se voltavam para a parede Oriental, sobretudo nos Segundo e Terceiro Graus, já que não existia à época um local especificamente demarcado como o Oriente da Loja.

Naquele modo o Venerável nunca mencionava a sua responsabilidade pelos ocupantes do Oriente.

Posteriormente com o advento das Lojas Capitulares (essa é outra matéria da História) os rituais seriam adaptados para o Capítulo que à época envolvia inclusive os três primeiros graus simbólicos aos demais - até o 18º Grau. Para essa acomodação histórica, além de outros particulares é que o Oriente, à moda capitular, passaria a ser dividido e elevado (origem da balaustrada no Rito).

Mais tarde, porém, após terem sido extintas as Lojas Capitulares ficando apenas o simbolismo sob a égide do Grande Oriente da França, infelizmente o costume de se manter o Oriente elevado e dividido, talvez já para sustentar as vaidades latinas, acabou permanecendo, e com ele a tiracolo, alguns procedimentos que não mais fariam sentido, como é o caso daquele de todos se voltarem para a parede oriental, fato que alguns rituais, sem qualquer justificativa ainda insistem em manter.

Menos mal, no GOB, o Ritual de Mestre em vigência já aboliu esse procedimento equivocado, permanecendo ainda, provavelmente por erro de impressão, a prática toda truncada no Segundo Grau, de tal modo que se pode verificar quando ao final da verificação e comunicação o Venerável comanda (anuncia, fala) - “eu respondo pelos do Oriente, sentai-vos” e não “sentemo-nos”. Pelo comando do Venerável conforme está escrito no ritual, conclui-se que todos no Oriente, permaneciam naquela oportunidade, sentados.

T.F.A.
PEDRO JUK- jukirm@hotmail.com 
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.589 - Florianópolis (SC) – terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

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