A COLETA E A CIRCULAÇÃO
(republicação)
O Respeitável Irmão Ricardo Ruva da Loja União e Progresso, 0979, REAA, GOB-PR, Oriente de Irati, Estado do Paraná, apresenta a questão seguinte:
ruva@caminhosdoparana.com.br
Surgiu uma dúvida quando a circulação do Saco de Propostas e Informações e do Tronco de Beneficência. No Ritual consta o seguinte: 1º Venerável Mestre, 2º Primeiro Vigilante, 3º Segundo Vigilante, 4º Orador, 5º Secretário, 6º Cobridor, 7º Mestres do Oriente, 8º Mestres da Coluna Sul, 9º Mestres da Coluna Norte, 10º Companheiros e 11º Aprendizes. A dúvida está na ordem após o Cobridor (6º) se coleta-se as informações ou tronco primeiramente dos Mestres com cargo e somente após dos Mestres sem cargo.
A circulação prevista no Ritual atende ao que tradicional aponta no Rito Escocês Antigo e Aceito. Essa relação do giro prevê apenas e tão somente a importância dos seis primeiros cargos.
Assim, atende-se por primeiro as Dignidades da Loja (Luzes, Orador e Secretário) e por fim o Cobridor por ser nessa hierarquia um cargo impreterível da Loja, já que além de outros predicados, nenhuma Loja será aberta sem a sua cobertura (preservação do sigilo – Landmark).
Daí a razão de que a primeira obrigação nos procedimentos de abertura de uma Loja seja a verificação da verdadeira cobertura do recinto.
Aqui ainda cabe uma consideração no tocante ao GOB∴ Quando foi feita referência às Dignidades da Loja, essa Obediência considera também como Dignidades o Chanceler e o Tesoureiro. Penso haver um equívoco onde se constituem esses cargos “eletivos” como Dignidades.
Tradicionalmente essas são apenas cinco como expostos no começo dessa pequena lauda – são aqueles que têm o direito de falar sentados, à exceção de haver procedimentos contrários exarados pelo ritual (Tesoureiro e Chanceler falam em pé). Esse fato não muda os procedimentos de circulação nos períodos oportunos.
Alerto que essa ponderação não altera o costume de se abordar os primeiros seis cargos pela sua importância dada. Também não existe nesse conceito a “esdrúxula” estrela de seis pontas que acredito só com um excelente exercício de imaginação e pela localização dos respectivos lugares, se possa descrever uma perfeita estrela de seis pontas, isso além de se levar em consideração que esse símbolo (estrela de seis pontas) não faz parte do corolário simbólico do Rito em questão.
A estrela preconizada é a Hominal, ou Pitagórica (cinco pontas) no Rito Escocês e com ela nada, mais nada mesmo, se relaciona o ato da circulação na oportunidade da coleta de propostas e dos metais previstos para a beneficência.
Assim esse trajeto é exatamente aquele exarado pelo ritual citado na questão, ou seja, os tradicionais seis primeiros, Mestres do Oriente, do Ocidente na ordem Sul e Norte, Companheiros e Aprendizes.
Após os seis primeiros é mesmo só uma questão de ordem e organização, não se distinguindo aí aqueles que ocupam os outros cargos (que serão obrigatoriamente dos Mestres).
Finalizando, é inexistente a carência de se dourar a pílula. Cumprindo-se a tradição com os seis primeiros no melhor dos costumes, de resto é organização, tanto que costumeiramente os oficiais circulantes no exercício do seu ofício são os últimos que depositam sua proposta, ou óbolo, se for o caso, ajudados pelo Cobridor Interno.
TFA
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 0856 Florianópolis (SC) 06 de Janeiro de 2013.
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