(Desconheço o autor)
O Dia das mães representa, sem dúvida, por correlação de pensamentos, o dia dos filhos e seu significado encerra um desses grandes gestos que se manifestam tão nobres nos corações humanos que sentem amor.
Consagrando o 2º domingo de maio às mães, a elas, nesse dia, dedicamos mais afetuosamente nosso preito de gratidão e homenagem, pelo que representam de sacrifício, essas heroínas do sagrado dever da concepção e da reprodução do gênero humano.
O dia das mães tem a sua história. Foi em princípios do século XX. Surgiu ela em West Virgínia, nos Estados Unidos, quando um grupo de moças organizou, no 2º domingo de maio de 1907, uma homenagem comovente à mãe da jovem Ana Jarwins, recentemente falecida. Ana, comovida, agradecida aos nobres sentimentos de solidariedade humana das colegas, pediu-lhes que aquela homenagem fosse extensiva a todas as mães falecidas. Acolhida com simpatia a ideia, foi, em 1908, feita a primeira comemoração pública do dia das mães.
Tal ocorrência, pela extensão do seu significado, motivou a inclusão da data no calendário oficial dos Estados Unidos, por decreto assinado pelo então presidente Wilson, na presença de Ana que simbolizava, hoje, a figura central de tão feliz sugestão. Assim rezava o decreto: "Neste dia sagrado, o Pavilhão Nacional deverá flutuar em todos os edifícios dos Estados Unidos". Muito justa, digna de nossos maiores encômios, tal atitude do Presidente Wilson, de ver que a Bandeira representa a nossa sacrossanta mãe - a Pátria e, numa simbiose constante, são reverenciadas, mãe e Pátria, por esta gerar cidadãos e aquela por gerar filhos que foram a grande família da pátria comum. Nada mais edificante do que essa dupla reverência; todos os que passam e vêem tremulando ao vento aquele retalho colorido, traduzindo a pátria feliz, lembrar-se-ão daquelas heroínas anônimas que acalentam ao seio o filho amado, aquele que, um dia, talvez, para ver respeitado aquele pano sagrado, para não permitir que inimigo algum achincalhe o pavilhão sagrado da Pátria, tombará num campo de batalha, cheio de bravura, envolto na farda verde-oliva que, com ombridade e estoicismo, vestiu e honrou; ou no altar de uma igreja, elevando a santa hóstia, símbolo da vocação sacerdotal; ou batendo o malho nas oficinas; ou suando de sol a sol na luta, para obter os frutos da terra; ou manipulando bisturis na luta contra a morte; ou espargindo, às mãos cheias, a semente do saber, àqueles que, haurindo na límpida fonte di saber, vêm e busca do aprimoramento das faculdades intelectuais; ou não importa em que postos, mas que representam o ato de presença ao chamado vocacional de cada indivíduo.
No Brasil, em 12 de maio de 1918, foi feita a 1ª comemoração no Rio Grande do Sul, sendo oradora oficial, a poetisa Júlia Lopes de Almeida. A oficialização do dias mães partiu da iniciativa da senhora Dona Alice Toledo Tibiriçá que, em 1931, dirigiu uma mensagem ao Dr. Getúlio Vargas, então chefe do Governo Provisório, dizendo que, a exemplo dos Estados Unidos, fosse oficializado o dia das mães, para que também as genitoras brasileiras compartilhassem de idênticas homenagens que eram prestadas às mães da América do Norte.
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