(republicação)
O Respeitável Irmão Paulo Tomimatsu, Loja de Pesquisas Brasil, Trabalho de Emulação, GOP-COMAB, Oriente de Londrina, Estado do Paraná, apresenta a questão que segue:
ptomimatsu@sercomtel.com.br
Caríssimo Ir. Pedro Juk. Sou membro da Loja de Pesquisas Brasil, e acabei de receber o ritual do Trabalho de Emulação do GOP. Gostaria de dirimir uma duvida. No próximo dia 27 de junho estaremos realizando a cerimonia de posse dos oficiais da Loja. Isto porque aqui na região de Londrina foi realizada INSTALAÇÃO CONJUNTA da delegacia de Londrina. Como a maioria das Lojas praticam REAA foi realizada segundo ritual do REAA. E a partir dai cada uma das 13 Lojas da regional vão realizar as respectivas cerimonias de posse dos oficiais. Na nossa Loja, onde praticamos TRABALHO DE EMULAÇÃO, estou montando o ritual de posse. O Ir. Hercule está meio desgostoso porque ele queria que fosse realizada cerimonia completa de INSTALAÇÃO E POSSE segundo TRABALHO DE EMULAÇÃO. Mas para não cansar os irmãos visitantes, uma vez que são 13 Lojas e irmãos visitam todas as sessões. Acho que, no meio destas sessões (todas as noites durante 13 dias), se colocássemos uma sessão completa de instalação e posse, os visitantes sentiriam muito cansados. De qualquer forma, estou montando o ritual de posse sem instalação, e vejo que a ritualística da procissão de ingresso é diferente em relação ao REAA. A minha duvida agora é, devemos cantar hino nacional após o ingresso dos irmãos visitantes e autoridades? No Trabalho de Emulação não há abobada de aço, nem estrelas, nem a procissão da bandeira. Só gostaria da ajuda do irmão para que a nossa cerimonia não ficasse sob criticas, visto que eu vou comandar como Diretor de Cerimonias, todo o transcurso da cerimonia.
CONSIDERAÇÕES:
Infelizmente eu não tenho muito que comentar, senão dar toda razão ao meu estimado Irmão Hercule Spoladore.
O mais tragicômico de toda essa pantomina é que um Trabalho (assim se denomina do Craft inglês) que verdadeiramente possui Instalação, como é o caso do de Emulação tem que se sujeitar aos ditames de instalação do Rito Escocês Antigo e Aceito que tradicionalmente não possui essa cerimônia.
Aí aparecem abóbadas, estrelas, ingresso de bandeira e outras coisas mais que sujeitam um Trabalho do Craft tradicional a inserir práticas nele simplesmente alienígenas. O que fazer? Realmente fica difícil se esses procedimentos são comuns aqui no nosso Brasil.
Penso que nesses casos a Obediência através da Secretaria competente venha previr essas situações inusitadas.
Ainda sobre o caso, é também de péssima geometria fazer Instalação em grupo. Como dizia o meu saudoso amigo e Irmão José Castellani: “criaram instalação em ritos que neles não existe a prática e ainda por cima a realizam como um verdadeiro mercado de peixes”.
Se a Instalação no Brasil virou fato consuetudinário em ritos de vertente francesa (REAA), que pelo menos a individualizasse por Loja.
Também se a Instalação é feita em um Trabalho na qual ela é verdadeira, pelo menos que respeitassem aquilo que é correto - até mesmo como base de instrução e esclarecimento – Instalação, Indução e Posse dos Oficiais.
Infelizmente essa “mania de ganhar tempo” tem causado sérios prejuízos à ritualística e liturgia maçônica.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.109 - Florianópolis (SC) – domingo, 15 de setembro de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário