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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

quinta-feira, 16 de maio de 2024

ORIENTAÇÃO DE BATERIA

(republicação)
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Heronides Eufrásio Filho, membro da Loja Jeremias Pinheiro Moreira, 2.099, GOB, Oriente de Brasília, Distrito Federal solicita a orientação através do Irmão Ari de Souza Lima, Secretário Geral Adjunto para o Rito Schröeder – GOB. 
heronidesfilho@gmail.com 
sousa.ari@gmail.com

Onde posso encontrar matéria sobre as batidas na Porta do Templo, de respostas, do Cobridor Interno quando um Irmão chega atrasado. Nos três Graus. 

CONSIDERAÇÕES:

Não existe matéria oficial sobre esse procedimento. Ocorre que nenhum ritual prevê atraso de Irmãos. Isso se acontecesse seria institucionalizar na Maçonaria o atraso. O que verdadeiramente existe são opiniões desse procedimento, já que embora ele não seja previsto, o mesmo indubitavelmente existe. Nesse caso existem algumas situações que merecem ponderações: 

Retirado do Projeto do Manual de Procedimentos Ritualísticos do GOB – Pedro Juk, Secretário Geral de Orientação Ritualística para o REAA – Poder Central. 

1 – Irmão do Quadro atrasado

a) Independente do Grau em que a Loja estiver trabalhando e não estando presente o Cobridor Externo ele dá na porta a bateria universal maçônica – a de Aprendiz; 

b) Se o momento for propício, o Cobridor Interno informa no modo de costume que batem maçonicamente na porta do Templo; 

c) Atendendo a solicitação do Venerável para verificar quem assim bate o Cobridor Interno entreabre a porta, verifica, fecha a porta novamente e faz a comunicação ao Venerável; 

d) Tendo grau suficiente para ingresso, o Venerável solicita ao Mestre de Cerimônias e acompanhe o Irmão atrasado, franqueando-lhe o ingresso; 

e) O Cobridor abre a porta e à passagem do Mestre de Cerimônias, fecha-a novamente e aguarda. 

f) O Irmão atrasado acompanhando o Mestre de Cerimônias dá agora na porta do Templo a Bateria do Grau de trabalho da Loja; 

g) Ato seguido o Cobridor abre a porta. O Mestre de Cerimônias se posiciona no Norte, o retardatário ingressa e para compondo do Sinal do Grau enquanto que o Cobridor fecha a porta imediatamente. 

h) Ação contínua o retardatário executa a Marcha do Grau e ao final saúda as Luzes da Loja; 

i) Em seguida o Venerável solicita ao Mestre de Cerimônias que acompanhe o Irmão até o Chanceler para assinar o livro e posteriormente seja conduzido ao seu lugar em Loja. 

2 – Irmão visitante atrasado e conhecido do Quadro. 

a) Procedimentos análogos ao item 1 até o subitem “g”; 

b) Ação contínua o retardatário executa a Marcha do Grau e saúda as Luzes da Loja; 

c) O Venerável procede então ao telhamento (De onde vindes...); 

d) Concluído o telhamento, o Venerável solicita ao Mestre de Cerimônias que acompanhe o Irmão até o Chanceler para assinar o livro e posteriormente seja conduzido ao seu lugar em Loja. 

3 – Irmão visitante atrasado e desconhecido do Quadro 

a) Procedimentos análogos ao item 1 até o subitem “b”;

b) Atendendo a solicitação do Venerável para verificar quem assim bate o Cobridor Interno entreabre a porta, verifica pelo avental, fecha a porta novamente e comunica se tratar de um Irmão desconhecido lhe informando o grau simbólico; 

c) Tendo grau suficiente o Venerável solicita ao Mestre de Cerimônias que acompanhado do Irmão Experto se dirijam até o Átrio para a competente verificação do Irmão desconhecido; 

d) O Cobridor Interno abre a porta e após a passagem do Mestre de Cerimônias e do Experto, fecha-a novamente; 

e) O Experto procede detalhadamente ao telhamento inclusive conduzindo a documentação até o Orador para a competente verificação; 

f) Estando tudo nos conformes o Experto retorna ao seu lugar, enquanto que o Mestre de Cerimônias na mesma oportunidade comunica a legalidade do visitante atrasado. Essa comunicação é feita dentro do Templo com a porta fechada; 

g) O Venerável então manda o Mestre de Cerimônias franquear ingresso do Irmão visitante. Este se retira para o átrio para acompanhar o retardatário e o Cobridor fecha a porta; 

h) No átrio, instruído pelo Mestre de Cerimônias o Irmão visitante dá na porta do Templo a bateria do grau em que a Loja estiver trabalhando; 

i) O Cobridor sem qualquer comunicação abre a porta. O Mestre de Cerimônias ingressa pelo eixo e para no Norte próximo a porta. Em seguida também o Irmão visitante se posicionando à Ordem sobre o eixo do Templo. O Cobridor fecha a porta imediatamente; 

j) Ato seguido o Visitante executa a Marcha do Grau, saúda as Luzes e aguarda; 

k) O Venerável procede com o telhamento dialogado (De onde vindes?...); 

l) Concluído o ato o Venerável solicita ao Mestre de Cerimônias que conduza o Visitante até o Chanceler para firmar o seu “ne varietur” e posteriormente tomar o seu lugar na Loja. 

4 – Existem situações em que o Irmão atrasado deve aguardar. Isso acontece para não interromper procedimentos em andamento. Exemplo: durante a abertura dos Trabalhos, durante a circulação da bolsa de Propostas e Informações, durante aprovações, em meio a discussões, etc. Nesse caso seguem as ponderações. Se o momento não for propício para a entrada: 

a) Independente do Grau em que a Loja estiver trabalhando e não estando presente o Cobridor Externo ele dá na porta a bateria universal maçônica – a de Aprendiz; 

b) Não sendo propício o momento para o seu ingresso, o Cobridor Interno sem qualquer comunicação dá na porta pelo dado de dentro a mesma bateria (universal maçônica – a de Aprendiz); 

c) O que pede ingresso simplesmente aguarda. Nunca deve replicar a bateria nem aumenta-la para outro grau subsequente. A resposta do Cobridor Interno sinaliza que o que pede ingresso deve aguardar; 

d) No momento oportuno, o Cobridor Interno informa que alguém pede ingresso na forma de costume; 

e) Seguem-se então os procedimentos conforme os casos já explicitados nos itens 1, 2 e 3. 

OBSERVAÇÕES: 

a) O retardatário deve compreender que a resposta do Cobridor Interno é para que ele aguarde; 

b) O Cobridor Interno solicitando aguardo dá sempre a bateria universal (Aprendiz). É inexistente a prática de bateria única (profana); 

c) O que aguarda não sobe as baterias de outros graus achando que o Cobridor assim está solicitando. Em linhas gerais nesse momento não existe o tal “replicar de baterias” crendo que a Loja está trabalhando em outro Grau. 

d) A identificação e comunicação do grau de trabalho da Loja serão informadas conforme os procedimentos anteriormente descritos; 

e) Somente após a autorização de ingresso é que, dependendo do grau, o retardatário assim identificado e acompanhado do Mestre de Cerimônias dará na porta a bateria do grau em que a Loja estiver trabalhando para a sua entrada formal; 

f) Nunca é demais lembrar que todo ingresso em Loja aberta é formal; 

g) A maneira de como se ingressar em Loja aberta está explicitada no Ritual de Aprendiz em vigência, primeira instrução, página 166 e seguinte. A mesma regra se aplica para o Grau de Companheiro e Mestre observados os métodos distintos; 

h) Após a circulação do Tronco de Beneficência (Solidariedade) é vedado o ingresso no Templo. 

Essas são as práticas racionalmente aplicadas a despeito de não estar oficializada a prática do atraso. O que os Veneráveis devem pelo menos observar é a prática formal maçônica evitando os modos da mera informalidade. 

Também se faz cogente que os Irmãos cumpram o horário marcado para o início dos trabalhos, o que faria evitar a perda de tempo desnecessária que não raras vezes empana o brilho da ritualística. 

Nunca é demais lembrar que esses apontamentos estão relacionados àquele que atrasado, consegue chegar ao átrio da Loja. Nem sempre isso acontece, pois geralmente as portas já estarão fechadas. 

Também é bastante comum o cargo de Cobridor Externo não estar preenchido, ou mesmo ele pode já estar participando dos trabalhos dentro da Sala da Loja. 

Finalizando, ratificamos que se o atraso não pode ser abolido, pelo menos que ele não seja rotineiro. Nessas situações que haja sempre a prevalência do bom senso. Que se evitem o repique de baterias desnecessárias e inventadas, assim como o péssimo costume de se abolirem as formalidades. 

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.108 - Florianópolis (SC) – sábado, 14 de setembro de 2013

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