A responsabilidade do Padrinho Maçom é muito grande.
Desde o início da Maçonaria, já no tempo Operativo ainda, o Padrinho levava o seu afilhado (candidato) até o local da recepção, fechava-se em silêncio com ele em uma sala escura, por uma hora mais ou menos, e, depois, ia com ele até a Porta da Loja, dava ... batidas e o entregava ao 1º vigilante.
Na Inglaterra, ainda hoje, em diversos condados, o Irmão durante a sessão anuncia à Loja que tem um amigo que deseja ser iniciado nos Mistérios Maçônicos.
O Venerável manda que o traga daí a sete ou quinze dias, para a Iniciação.
Depois de iniciado preenche toda a documentação necessária.
Não há muita burocracia. O processo é rápido.
Confia-se plenamente no discernimento do Padrinho. É o Padrinho que é importante e não o candidato.
Se porém antes de atingir o 3º Grau, o Grau de Mestre, o Neófito comete alguma falta considerada grave, são eliminados o Neófito e o Padrinho.
É muito fácil ingressar na Maçonaria inglesa, mas é mais fácil ainda sair.
Daí a grande responsabilidade dos Padrinhos.
Em nosso meio, o Padrinho não é tão responsável assim.
Só é apenas admoestado pelo Venerável, quando o afilhado é rejeitado por muitas esferas negras. Mesmo assim, ele é admoestado particularmente, sem que a Loja saiba do que se trata.
Uma coisa, todavia, deve ser levada em consideração – um Padrinho responsável não deve trazer qualquer elemento para a Ordem, somente porque ele é seu amigo.
Às vezes é amigo, mas não possui as qualidades ou perfil necessário para ser um bom Maçom.
E os Padrinhos não devem magoar-se quando um proposto seu é rejeitado.
Nesse ato, a Loja talvez esteja lhe prestando um grande favor e retirando-lhe uma tremenda dor de cabeça.
(Do livro “Instruções para a Loja de Mestre”. Autoria de Francisco de Assis Carvalho e outro. Editora maçônica A TROLHA, Londrina/PR).
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